maio 19, 2009

Cego

O cego, aguça audição ainda mais do que olfato, o tato e o paladar.
Enquanto caminha desvia seus passos de tropeços.
Se direciona através dos ruídos.
Constrói seu equilíbrio com as pedras que sente sobre seus pés e, a partir dai reconhece a segurança.
O sol que aquece o dia, guarda o calor no solo, que, ao anoitecer se mantém quente, apesar da superfície resfriada pelo vento.
É preciso ser cauteloso, há brasa sobre as cinzas.
O cheiro que sente por onde passa, permite que crie um olograma, e assim ele fixa e determina as lembranças que se acumulam na sua vida.
E, ao tocar naquelas letras ásperas e traduzir a composição de todos seus sentimentos, inclusive os sentidos sem medo, registra o fato de romper com o desconhecido, para escrever sua história.

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