agosto 06, 2010

Ostras para dormir

Me pego tão distraida pensando, onde foi que me vi em voce? Nem sequer consegui responder essa questão e me apego tanto a que? Fico tentando digerir essa sensação de fermentação constante. Tento apontar os defeitos e até os vejo com clareza, todos eles, elencados. E, ainda assim as respostas não vem. Nem as minhas, nem as tuas. Que foram escritas nas mesmas perguntas. Que vinculo etéreo é esse. Que se arrasta tirando sono, que arranha sonhos, provoca insegurança na certeza. Desfaz as malas, desarruma a cama e deixa brillho no olhar. Não sei até onde se espalha. A respiração que não chegou até o peito, a imagem daquele abraço que não teve fim, porque era tanto, mas tanto ali... Daquele adeus que não se cumpriu, porque não saiu de dentro, não conheceu o fim. Mudamos de comportamento, nunca de sentimentos. Mesmo os confusos, os perigosos, eles ficam. E quanto mais nos omitimos deles , mais eles atravessam a nossa frente. Cortam-nos as veias, rasgam-nos as verdades e nos desafiam. E tudo acaba ficando assim, como se fosse uma coisa a toa, uma questão de convencimento e não de conquista.Desprezado, pouco sutil. Teimosia. E as repostas que não chegam, provavelmente são as que relatam e delatam, o que daquele abraço não foi dito.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...