janeiro 20, 2012

Sede


Há latência no corpo. Sede para saciar.Arrancar da pele o suor, sentir o sal  na língua e rastrear os poros, busca incessante pelo caminho da  transformação. Do lado do avesso, no centro, transparecendo, refletindo  no cristal do olhar, os lábios entreabertos, as mãos se apertam, escorregam pés, costelas. A nuca transpira.Sons que não se traduzem, movimentos. Tudo se completa devagar. Expressão, única  ainda que de muitas iguais, não se misturam, não se copiam. Sede.

Num daqueles dias

Num daqueles dias que a gente não se cabe. Num dia daqueles em que o abraço é o afago. Num dia daqueles que o beijo fica longo, arrepia; que os olhos teimam em ver tudo pelo lado lânguido, e o corpo não rejeita esse capricho. Num  daqueles  dias que a fusão, vem arfante. Rendição. Num daqueles dias, que é tão necessária  quanto absoluta a tua voz na minha nuca.

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