abril 01, 2009

Só isso

E as minhas maõs onde os dedos estalam,
e as juntas prometem que que se movimentam.
O que vem do cheiro que sinto debaixo do meu nariz,
é o que a minha retina desenha diante de mim.
Ao tocar, o vento que sinto caminhar pelo meu corpo,
tem o som do meu coração e desfruto do sorriso infinito
de apenas poder ir.
Lavo os pés,pois sei que por ponde andei, marquei minhas pegadas
e dentro de cada marca,um segredo.
Se hoje tenho sentimentos é porque os deixei viver.
Feri a carne com a areia fina, e ainda assim meu sangue coagulou, embora tenha derramado parte de mim.
Continuo por entre essas histórias, as de conto e aventuras.
Deixo que a imagem construa as fadas, manifeste as bruxas.
E deixo que os pensamentos guardem as palavras.

Retrato

Não me surpreenda
Ao rasgar as palavras incompletas
que traz do teu mundo vazio

Não pode ser completo diante de estilhaços
covarde são as lágrimas de teus lábios
Teus olhos desmentem, estrábicos

Quando andei nos teus passos
senti o solo desalinhado, tua mão escorregava da minha
Suporte agora a fadiga
Reserve aquele cigarro
tranque as portas e janelas
não se atormente com as sombras
são suas idéias que já não me seguem

Deixei no canto, um caco de espelho
Teus chinelos, um cinzeiro

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...