janeiro 07, 2010

Capitulo Um

E quando eu descobri , preferi omitir.
Aquela mistura de espanto com orgulho .
Um enorme prazer e medo de ser.
Eu que quase nunca pude ultrapassar da vontade, o desejo.
Hoje, nasce assim, aqui, ali, em todo lugar.
A pertubação não será mais minha , agora é do mundo. Que fique com ele e com todos que se mutilam e sacrificam suas lagrimas,  por tão pouco. Entrego o manto o cetro e a coroa, Que usem.
Não mais me agrega, não mais me compõem .
Quero apenas sentir que  saio pelo oposto da sombra, da tua sombra.
Não vou vagar, nem perde-me. Ao contrário, agora vou ocupar o meu corpo.

Eu em voce

Ah... eu duvido que voce não sinta falta.
Que não pense nas risadas e olhar maroto.
Que uma palavra,qualquer uma , igual, não te traga a minha voz , e nela minha saudade.
Ah... eu duvido que voce não sinta falta de se aquecer no calor do meu corpo. Que ao ouvir aquela música  e caminhar pela casa, vazia, não sinta minha presença.
Ah...eu duvido que se esqueceu da minha espera pela sua chegada e do beijo, sabor dos labios meus.
Ah... eu duvido que sua força é tanta que jamais se entrega num momento de desejo.
Sei que  distraido pode abraçar dsitante meu pensamento e trazer -me até voce.
 Ah... eu duvido que o tempo  demoliu nossa intensidade, até porque,
ontem mesmo, eu sei, estive com voce.

Cobiça da carne

O homem deseja  tanto a  carne,  que passa despercebida  a alma. A cobiça pelo que a pele reveste e sustenta é tanta que suborna a tentação de negar e encontra o perdão de absorver o corpo todo.Gostoso, prazeiroso. E depois quando o tempo castiga a tez, o que sobressai é a alma. Mas dai, que a essa altura , sobrou  muito pouco para que os olhos se encham e, ir além  do gosto da lembrança  pela proximidade da existencia é agora sem importancia . É, a junventude é cheia de manha..
É preciso ter ginga e conhecer o balanço do tempo.O charme está no molejo,  poucos sabem  que o ritimo está  na essência dos passos, mais calmos,  mas  muito, muito mais firmes...

Trecho do Amanhecer

Nada antes seria marcado se de tudo antes não tivessemos deixado nascer. Abra a janela. A brisa vai atravessar voce. Descubra-se.

Aquele bilhete

Escrevo para estancar a dor. 
Ela nasce do um momento que percebo que já é hora de ir.
Quando pulsa a garganta, eu só levanto olhar para acompanhar a distância que parece crescer. Queria me agarrar no teu cigarro. Seus intervalos são curtos.
Vou fazer um jardim com frutos que floreçam. 

Para sentir o perfume e guardar sabor.
As chaves da casa  estão  embaixo do tapete, exatamente no mesmo  lugar.
Aquele bilhete - " voce é tudo"- que fez pra mim, ainda guardo e de tão amassado quase não se lê. Mas eu o sinto, da mesma maneira que acreditei  no dia em que o encontrei, entre o travesseiro e o lençol da cama. 

Já é hora de ir, eu sei. Não, não sou eu quem parte. 
Eu moro neste amor, nessa entrega, nessa dor.
Escrevo, escrevo, escrevo...

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...