Era um trato. Eu fazia comigo e mantinha com voce. Não exagerava, nem mesmo quando voce não me entendia, ainda que pudesse parecer o contrário. Minhas dúvidas eram tão inocentes, quanto a fragilidade da incompreensão de uma criança quando algo lhe é negado sem razão pertinente. Porque não!? Queria manter o trato. Mas não pude. Primeiro descontinuei de mim e, depois de você. Voltei atrás várias vezes. Inverti, murchei. Preenchi as noites, a espera dos dias. E quanto mais tentava manter, mais voce ruía a minha frente. O pior de tudo é que eu me sentia desmoronando também. Até que enfim, se acabou. Acredita se disser que ainda me pego triste por pensar em ti? Acredita que ainda tenho raiva por destratar um trato? Acredita que não voltarei atrás novamente? Acredite. Acredite também que por mais que temporariamente me dôa o destrato, me faz sentir bem nessa infame situação não ter que tratar mais nada com voce.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
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