junho 14, 2010

Roda Gigante

Quando era menina adorava ficar ouvindo músicas
e desenhando cenas na minha cabeça.
Depois pegava um papel e uma caneta e escrevia, escrevia...
sempre fui assim. Não devia ter parado nunca, me fazia bem.
Eu me apaixonava pelas ideais. A menina cresceu,
o papel e a caneta se separaram de suas mãos.
Hematomas internos são mais crueis.
Ausente aos olhos e presente no coração.
Quando voce sabe que é mentira, é melhor. Sabe-se.
Mesmo quando ela é sua ou até mesmo quando não é.
E quando não se sabe? Não tem certeza?
Não se percebe, só tem vazio, culpa, saudade.
Então se mistura tudo com sonhos , erros, interpretações
Como num parque, na roda gigante.
Ora vazio, ora erro. Ora sonhos, ora culpa.
Ora saudade, ora angustia.
Momentos são momentos e, bons ou ruins
não voltam iguais na proporção e intensidade nunca.
São singulares, de sentimentos e de quem os sente também.

Sem começo

Tem hora que me da um medo enorme
Algo que consome e que não sei se quero descobrir
Um medo de sentir o que não quero, crescer o que não desejo
Medo de dizer, repartir, medo de conhecer e reconhecer o que já vivi
Um medo tão grande, e o alivo não chega
As vezes nos damos mais do que podiamos
Quero apenas que passe, que não tenha enraizado
Não sei se faço promessas por desassossego na alma
Me pego distraida e assustada, sem começo

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...