janeiro 05, 2010

Aquarela

Pensou  pintar de várias cores, tudo.
As linhas, as letras, as vozes.
Para colorir as tardes, as vidas, as margens, para deixar de existir nomentos de angustia.
Tomar os pincéis, as aquerelas, e pintar, pintar.
Porque a cor é poesia.
Feito as águas, ventania, passan de leve, as vezes  frias.
O que mais fala daquilo que se reflete, é a palavra simples igual paisagem .
Uma imagem  esboçada, em lápis de traço fino, para junto de alguém quem saber, tingir de destino.
Um beijo cor de  laranja, um coração lilás, um olhar  azul oceanico, um abraço verdejante, no sorriso ouro, por todo  o caminho diamantes com raios prata no luar.
Assinado liberdade, poesia e cor.

Águas





Para traduzir-se é preciso negar.
Negar que não se importa, que tudo não  é.
Para gostar de sorrir é preciso criar, dar, receber. Não vender, suportar, fingir.
Se, enveneno todos os dias, é para alcançar a imunidade da hipocrisia urbana.
O que reserva a vida está muito além das manhãs sadias, tardes de brisa e noites de lua.
Se, entristece quando se sente vazia, saiba, existem muitas diferenças entre as simbologias. O rio que corre esconde em seu leito pedras, plantas, terra, energias.
Deságua em mares onde pessoas, muitas pessoas, procuram ora ondas que as desafiem, ora rasteiras águas morrentes à beira da praia, mas que de alguma forma provoquem nelas sensações.

Infinito


Maneira, modo instável de ver o nunca.
O querer que não se desfaz, não se dissolve com o tempo.
Tempo que arrasta desejos e interpreta vontades.
Vontades, segredos guardados no fundo da alma.
Alma, tempo infinito das vontades, desejos, para amanhecer em si próprio, assim, infinito.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...