abril 09, 2011

Borboletas

Não. Não quero ter você, porque você não me cabe. Não me sabe e tampouco me traduz. Não quero  ter teus lábios, tuas mãos, tua pele. Há tanto desencontro em nosso olhar. E mesmo querendo  acreditar assim,ainda assim, meu calor não resfria. Minha lembrança não dissolve da memória e as minhas mãos  transpiram, tremulas. Eu calo. Suponho que você  pense o mesmo. E diante dessa suposição, o tempo passa com vontade de parar e às vezes, com vontade só voltar de onde parou. Aquelas borboletas já voaram, ficaram seus casulos.  Fiquei eu, nasceu você.

Fiquei eu, nasceu você.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...