março 23, 2011

VETADO

Há dias em que gostaria de me ver e sentir completamente ordinária de mim. Sem pudor ou considerações que apenas mutilam o que é naturalmente bom. O prazer. Prazer de sentir, de querer, de consumir. O cheiro, o gosto, alimentar os olhos com o que mais tarde vai ser guardado para o longo dos dias no meu mural de segredos Ah! como gostaria de ter você agora. Eu seria como uma personagem qualquer desses contos que alguns acreditam ser indecente, embora na verdade sejam simplesmente verdadeiros, pouco poupado em termos descritos, mas tão pulsantes na carne. Ah! como adoraria vestir-me de ti. Abraçar, misturar-me no teus poros, transpirar minha boca no teu corpo. Queria dizer-me tua. Muda nos instantes que nos separam, cega nos encontros que nos surpreendem. Ordinária. Invejavelmente ordinária

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...