junho 14, 2011

Rio de água doce

Era só pra provocar. Insinuar, atrever. Mexer e remexer. Era para escavar o miserável  vão e a distante posse. O domínio. Ainda em solo fértil poder replantar e colher. A semente? A aquela que desejarmos que cresça. Aquela que vai nos alimentar, transformar e reproduzir. Em todos os sentidos, desde o mais casto até o mais promiscuo. Da luxúria ao subserviente. Mas que em todos os sentidos faça existir. Há entre as margens, um rio. Rio  que reflete. Rio que convida, que abraça, porque é seu nado é o que o movimenta. Rio de águas claras, temperatura branda. Rio de água doce. Doce  como o  beijo, o olhar. Era só pra provocar a mim também. Sem saber onde chegar, mas de alguma maneira atravessando rios, desejando plantar, e quem sabe, atrever a viver em todos os sentidos, viver. Quando você me tem, é sempre assim.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...