junho 25, 2010

Aquele vinho...

...O liquido despejado pelo gargalo
do alto escorria molhando os cabelos
caídos no rosto
chegava na boca
descia pelo pescoço
alcançava o colo e
seguia entre os seios
trilhava até o abdome
guardava um pouco no umbigo
e corria certo, entre as coxas
para dentro, se misturando nela
havia calor e frio
então tremia, gemia
os olhos ardiam
a boca chamava
as mãos se agarravam aos cabelos dele
as paredes ela empurrava com as costas
pela força das pontas dos pés
então, foi carregada, seduzida
gemeu, tremeu, e se entregou
irrefutavelmente, irremediavelmente,
irresistivelmente, irrevogavelmente
inevitavelmente, insandecidamente
e se encontrou total e completamente
dele, nele, pra ele.

Página de diário

Linhas em branco
Espaços sem pontuações
Lá no meio um rabisco com teu nome
depois da folha amassada
a tentativa de desamassar
A folha não vai voltar mais para diário
nem as coisas pro lugar
Porque não...?
Desobedeça, revide,
provoque, contorne,
insista, descubra
comande, percorra
corte , se corte
mexa , remexa
que lixo de coisa
certa sem pulso
sem tempero
que espaço bobo entre
o nada e coisa nenhuma
boca serrada , mãos vazias
historia de fria, árida
para tantos dias ígneos




Das emoções

As emoções são abstratas
Telas sem molduras
linguagem de seleção
Vaga por preencher com
luz , cor , frio ou calor
lágrimas ou sorrisos

Leia- nos

Leia...leia sempre. Leia mais de uma, duas, 6 vezes. Leia com paciência de revelar detalhes, com permissão para que as palavras invadam seu...