abril 29, 2011

TEZ

Não foi uma única vez. Mas também não foram muitas outras. Foram vezes o bastante para que pudesse desejar e o suficiente para não esquecer. Vezes em que transpirei  no olhar, salivei pelos poros e guardei. Recordo sussuros em  barítono nos meus ouvidos, e da reação  instantanêa do arrepio  na minha pele. Tua pele, na minha pele. Teu arrepio em mim.
Se fosse descrever a sensação da língua provando o gosto do gosto de ter, nas extremidades de cada meio, no meio de cada vão, e dentro de cada vez em que passeamos em nós, talvez, definisse algo como o silêncio imenso, seguido de um profundo e longo  suspiro da pele ao arrepiar.
Há dias em que o bastante e o suficiente ficam tão estreitos, que deliciosamente, se tornariam em uma outra vez.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...