junho 21, 2011

Solidão, que nada

Que imensidão tem um corpo? Quanto será que cabe dentro dele que não aperte a alma? Que não sufoque o ar, que não coiba a vontade? Que imensidão tem as palavras, aquelas que não são ditas e que perdidas, vivem a se debater entre os pensamentos? Que solidão é essa que nunca enxerga a porta entreaberta? Porque regar a semente oca, para enraizar e se espalhar no solo dos dias? E para que mesmo tanta busca, para chegar a nada? Se não se sabe o que deseja e tudo parece ser tão maior do que a mais vasta imensidão do corpo e alma, de nada adianta buscar. Fazer anagramas é ficar sempre com as mesmas opções. Opções são as restrições de quem se esconde das oportunidades. A plenitude está sempre adiante. Ninguém, absolutamente ninguém sente solidão, se por um momento permitir que outro sorriso lhe impregne os olhos, os lábios e a alma. A solidão não  tem força para seguir, sem que tenha anuência de quem a julga forte.

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