setembro 02, 2011

Celas

Nossos extremos. Nossos opostos, invertidos nas ocasiões menções, frações, sabe-se lá porque assim. 
Nossos momentos lentos, arrastados pelo sim no tempo, correndo do não, sofrendo.
Querendo e no entanto, morrendo, dia a dia. 
Pela nossa covardia de ousadia, pela nossa proposta vazia de deixar ir.
De deixar que digam, de deixar que nos vivam em celas menores. 
Celas virgens, escuras.

Sequência de pensamentos


Tomada pelo olhar que sugeria um afago, guiada pelo beijo na boca, e da língua que dizia calada toda uma história. Inflama a saudade do teu cheiro na minha pele, no meu pensamento e num arrepio de você, eu chamo teu nome. Mas você está surdo. Ou talvez, apenas distante de si.

Me parece tão distante as vezes, que mesmo se olhando no espelho, o próprio reflexo não se reconhece. Sai pelo mundo tateando algo que também desconhece, e então, num instante qualquer é capaz de agarrar o que sempre existiu, como se fosse a primeira vez. Mas, enquanto a palma de sua mão não tocar com firmeza toda a superfície, sem medo, terá a incerteza entre os dedos.


Véus que insinuam a presença. Queria dizer aos seus ouvidos, e tocar seu centro. Queria tocar sua boca e falar aos seus sentidos. Queria que suportasse. Mas, se depois de tudo, ainda não souber dizer, eu manterei a tua força como se minhas águas jamais tivessem lambido sua carne.

Entre o silêncio

Naquela noite, entre um silêncio e outro,diante da fuga de olhares que corriam pelos contornos, numa vontade enorme de recolher a melhor imagem despida do sorriso quase ingenuo de quem promete não deixar esquecer, foi que em segredo esqueci de de me proteger das verdades das palavras que sempre calçam os pés...





Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...