Arde meus olhos. E o fogo queima. Rubro são teus lábios. Lembrança que guardo. Imagem desconstruída, perfurada. Ainda sinto a adega correndo na vértebra, abrindo percurso do leito, e o quente que escorre pelas costas. Denso, forte. Junto os pulsos e tornozelos, no aconchego das coxas, que abraçam meu peito. Minhas unhas vermelhas, são para arranhar sem marcar a pele que cobre a carne. Carne tua, do peito teu, dos lábios rubros, tidos e idos, sem adeus. Os olhos ardem e o quente ainda escorre, lentamente como o sussurro do nome que chamo e insisto, até me deixar vencer e ir. Ir distante, além. Infinitamente no vermelho do querer.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
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