As vezes faço releitura. Só as vezes, não tenho esse costume . E quando faço, é para compreender o que me já parece ser tão óbvio.Tenho um defeito que acredito jamais será corrigido. Sou tão eu, que chego a ser muitas. Mas, o que nos uni na verdade é a paixão. A paixão vestida de várias maneiras, de doce a ácida. Sempre intensa. Mas existe o defeito, e não é a intensidade que faço e vivo.O defeito é permitir que isso me machuque. Porque o sentir é tão entregue e indefeso, que trai meus próprios argumentos e devora meu silêncio. Faço releituras para compreender-me.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
janeiro 02, 2013
Perturbação
Esse misto de humilhação e orgulho que se descompensam, vem da vontade de querer. Fragilidade constante, ferida exposta. Ausência ácida. É que tudo parece tão simples do ponto de vista agudo da saudade. E agora? Bem, agora nada restou. Me salta do peito um soluço , algumas fotografias, aquela insistente e perturbadora esperança de que tudo mude, tudo aconteça, tudo...tudo...tudo
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