agosto 18, 2012

Eu minto, voce mente


Por  outro lado,  ainda não me acostumei com as excêntricas mentiras. Nem com as minhas, nem com as tuas. Talvez porque elas se confrontem, mas, se dependam. Mentirosamente vazias  e aparentemente casuais. As mentiras têm suas verdades. Assim como as brincadeiras. Algumas tímidas. A mentira pode ser uma defesa. Mas penso que só se mente quando alguma verdade  nos toma de assalto. Eu minto. Você mente sobre as mentiras e as verdades que nos cercam e confortam. E no final de tudo, ficamos sem saber o que os fatos nos mentiram.

Gosto doce


Ah, esse olhar certeiro
Esse abraço manso
O gosto doce, de nada  dizer
Balanço do corpo que me leva e trás, dançando
Ah, esse tudo seu
Quando me cerca de abraço
me lambuza  doce  
e baila em mim

Aflição de vida


Aflição de vida. De vez em quando bate um desespero tão grande de viver. Viver mais rápido, mais intenso, mas liso. Tenho receio de enrugar a alma. Não sei, parece que às vezes nos tornamos reféns do tempo, amanhecer e anoitecer é um breve instante onde os olhos percorrem tão ligeiros a paisagem da cidade.  São prédios, muros, árvores, calçadas, carros, pessoas e no meio disso tudo tanto silencio. Um ousado silêncio. Como uma fotografia. Podíamos ser muitos de cada um. Quero dizer sobre o verbo estar. Estar nos lugares distintos. Isto é onipotência? Meu Deus, eu estou querendo ser onipotente e imortal ao mesmo tempo?Quero as pessoas, quero devorá-las de vida, alegria na vaidade, e vaidade é quando se valoriza o que se sente, é assim que eu sinto ar nos pulmões, eu sinto sangue nas veias. Quero  tomar aquela taça de prazer com você, aquele gole de sorriso naquele momento entre o amanhecer da aflição e o anoitecer do desespero num enorme, inteiro, intervalo do entardecer.

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Leia...leia sempre. Leia mais de uma, duas, 6 vezes. Leia com paciência de revelar detalhes, com permissão para que as palavras invadam seu...