novembro 27, 2012

Amantes do Cio




Sim, existe uma contraditória ação e reação para a consequência de amor e paixão. O sexo. Assédio e flerte devem ser exageradamente sensuais e inteligentes, para serem provocativos sem que se tornem  enjoativos. Há de se despertar o tesão  pelo timbre da voz, a masturbação pela criação de situações, e fomentar o desejo . Mas, de nada adianta isso tudo se, em ocasiões paralelas, em algum ponto qualquer, não se transformarem  em cruzamento. A transa , o sexo tem que ser  além de bom. Tem que saltar na memória, pelos próximos  dias. Na memória completa, não na seletiva. Na sensação do beijo  que arde, na pegada  que segura o corpo e diz a que veio, na respiração, gestos, movimentos  que faz a romanticidade  do cio. Ai, sim, o sexo vem no volume do membro, na destreza da língua, na flexibilidade das mãos e então na transpiração, encenação, sim , porque sexo é exibição. E se é assim, visto, sentido , desejado e descrito, parar por que? A fogosidade , lascividade tem que ser gerada e cumprida. O perigo, o gosto da luxúria, é poder fazer deste encontro, o gozo. O difícil é manter as vias de brincar perigosamente. O que fica impossível se não correr riscos. Se não provocar, surpreender, tomar pra si, além de projetar palavras, casualmente,  pensamentos  distantes de ações. O cio é promiscuo e romântico. E o desejo uma semente. Se quiser que ela cresça, regue-a. Para ter uma amante e chamar de sua é preciso que a faça sua.

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