e quando a boca abre , as palavras se enroscam na saliva e sua acidez as dilui,
e sobra apenas a expressão do olhar
Que diz , delata, conclui. E não adianta lacrimejar
Não tem disfarce, e é isso que que é covarde
porque quem me vê, enxerga a mim
Se escrevo, apago e reescrevo
sublinho e negrito aquilo que quero mostrar
mas, no olhar não tem pré seleção
não se conserta a intenção
Não tem acidez pra diluir
Nem mesmo a voz é capaz de
ser única, como olhar
Calo as palavras
Cego o olhar
Declino