setembro 12, 2011

Minhas cores

As vezes  parece que atravessa  na carne, atinge a alma e sangra. Um descontentamento, uma mágoa, uma mágica, de se fazer tão sempre e aqui, quando nunca está. As vezes uma lágrima pesa nos olhos, mas não transborda na face. Alaga por dentro. Invade. Meu olhar tem horizonte. Meu querer tem temperatura. As mãos se entrelaçam num gesto de oração, e o que pedem é que chegue. Que me faça sentir. Minha boca sussurra em dialeto, coisas de nós dois. E  meus passos pelo vazio no tempo, são a trajetória de algumas lembranças. Amanhã, tudo será igual. Mas, com um toque especial. Será outro dia. E  até que você não venha novamente, vou ter esperanças. Nos dias impares eu  visto branco. Nos dias pares, visto vermelho. E assim alternando, vou passando a ausência, permitindo abstinência, concordando com a palidez até achando comum e lindo essa translucida placidez.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...