julho 31, 2010

Carvão da fogueira.

Cobri minha agonia e seu incomodo.Agora fica como se não me soubesse. Acabou nosso desencontro. Todo caminho entre o acaso e o destino, cumpriu-se. Todo tempo de alusões à ilusões, bandeiras e corações, ritmos de fuga, enganos e interpretações. Onde alguém que possivelmente buscasse segundas intenções, sentia espremidas nas palavras, o oposto do que diziam dos abraços. Faça-se eternamente descoberto, livre. Então, de vez em quando ao esbarrar no reflexo do espelho, veja os animais e o pasto. Sinta o cheiro das flores e da terra. Para o carvão, guarde a lembrança que antecedia. A brasa. Vermelha, ardente, intensa, calor da fogueira.

julho 30, 2010

Eu sou


Tudo em mim é intenso. Meu riso, meu calor, meu beijo, meu corpo, meu jeito. Tudo em mim é tão verdadeiro que até mesmo quando finjo, é intenso meu fingimento. Faço porque eu vivo, e de modo ardente.Eu gosto desse desafio de sentir, penetrar. Eu gosto de ver o arrepio, a lágrima. Lamber o fio da faca, ter o quente e o frio. Eu gosto do olhar que segura o tempo, das frestas de janelas que espiam movimentos, as cordas que amarram os vocais da garganta. Eu sinto a fome, a sede, a areia que arranha.O sal do mar.O doce do mel. Eu gosto do castigo do pensamento, porque dele é intenso o desejo. Eu gosto pecado porque o perdão vem da entrega. Eu sou intensa. Eu gosto de emudecer, cegar, a mim e alguém. Surpreender. Intensa nas palavras, intensa no agir. Vestida ou nua. Inteira. Intensa

julho 29, 2010

Fascinio

Estou perdendo o direito de sentir, de dizer. Estou incomodando tanto e mexendo tanto com tua covardia que não me encara e não se afastar de uma vez. Eu estou impregnada em voce . Meu querer sustenta teu ego menino que ainda precisa disso para fingir ser homem. Provoca o que não consegue invadir pra ter, sua. Possuir. Saber ser. Desiste fácil esconde em meias verdades, e é tanta verdade nisso que não sai dessa sombra em brasa do que meu jeito mulher. Fascínio abortado. Inspiração, incendiar. Ainda assim, vai levar um tempo entre o ódio e o esquecimento. Veneno desta origem é letal, embora as pessoas gostem de saborea-lo assistindo seus efeitos... é a crueldade das quais os covardes vivem.

julho 28, 2010

Para seus dias

Para seus dias, meu pensamento, para sua sede minha saliva, para usa voz, minhas palavras, para seu olhos o meu olhar. Para me encontrar, procure ao seu redor...

Infinito do verbo

Todo verbo tem um tempo. Eu me desfaço do querer, não do esquecer. Todo nome tem uma imagem, que não tem tempo no vão dos pensamentos. Pensamentos podem ser verbos, presos no infinito.

julho 27, 2010

Terças, Quartas e Domingos

Meus dias serão só terças , minhas tardes domingos e as noites quartas. Minha voz será o eco, meu olhar a extensão. O calor a lembrança.Não quero que passe e se perca. Se não consegue imaginar o porque dos dias, invente uma razão para as segundas, quintas, sextas e sábados, que se vestem lentos no vazio de nós. Meu tempo de te querer é maior que 7 dias ou 24 horas.

julho 23, 2010

Suborno da razão


Não, não nos tivemos de fato. Todas as vezes que nossos corpos estiveram juntos, nós apenas nos emprestamos ao prazer. Não nos pertecemos porque não houve entrega. Tivemos e sinto falta de ter ainda mais, prazer. Nossa pele tem aquela combinação, combustão. Quero subornar a razão de dizer não, e me encontrar sorrateira, na tentação de sua boca. Onde voce me faz caber inteira. E te guardar todo, silenciosamente, no calor umido dos meus lábios.

julho 22, 2010

Coisas insanas e prazer

Queria nascer de uma vez, rasgar o chão. Queria respirar essa massa de ar que lhe preenche os pulmões e morre num suspiro longo, toda vez que chama meu nome. Quando minhas mãos deslizam lentamente, enroscando nos pelos do teu corpo. E, quando sinto tua língua quente, minhas coxas se abraçam no teu pescoço. Queria nascer agora, encaixada, entre o lençol e o travesseiro, no meio das coisas insanas e prazer.Queria dizer que não tem lá fora, depois da porta quando estamos do lado de dentro a chave é nossa.

Reação

Tenho sede da saliva que escorre. Tenho fome dos olhos que me mastigam. Um frio que vai até o arrepio, que me molha a nuca e transpira nas mão só porque sei que cheguei mais perto de voce.
Se dissesse tudo, ainda assim nada valeria. Pode ser que nada mais fique no lugar. Se me engano é porque não me faz sentir o contrário. Pense que não haverá mas noites em que minha voz vai morrer em seus ouvidos, por sussurros e gemidos. Guardo um segredo que reage a distancia tua.

julho 19, 2010

O nú de dentro


Minha nudez não essa é que seus olhos passeiam.Este corpo que se manisfesta em fogo que te abraça.Nem na boca que ainda espera outra vez pela tua. Minha nudez está nos esconderijos, nos becos dos pensamentos. Na calada, nos segredos dos pecados teus. É isso que rouba te a paz. Não são as curvas que tuas mãos derraparam, nem a pele que tua lingua percorreu. É a tentação do que é perigoso, da falta de controle. Meu corpo é símbolo disso, tua voz sobre ele é a condenção. Então escapa feito um bicho assustado.Minha nudez se desenha em um capricho cuja a punição é não ter.Vai me buscar em muitas. Terá todas. Nenhuma dentro.

julho 18, 2010

Se essa rua fosse minha

Não precisa olhar para outro lado para desviar olhar
Já providenciei para que a rua fique só sua
Pelas calçadas os paralelepípedos quebrados
o meio fio, onde as águas de chuvas escorrem
ate alcançarem as bocas de lobos , tudo limpo
Tudo livre, caminho por onde não pisarei
Lugares sem saudades, sem desejos
Ainda procuro exatamente o ponto de inicio
para poder torna-lo ponto final
E mesmo quando quero entender, porque algumas vezes
quando quis não continuar, seu olhar me alcançou,
ainda hoje não sei a razão pela qual dobrou as esquinas,
pelas quais antes, eu tentei correr
Talvez pelas mesmas razões que agora as atravesse
Não aprendi a decifrar, instintos, eu apenas conheço
sentimentos e esses, agora escorrem pela boca de lobo
na linha da água de chuva, se esfolando em pedras duras
até demoradamente desaguar em algum rio






Um trago - eternamente

Ainda não sei o que a resistência traz.
Também não sei o que ela leva.
Não sei da grandeza de dentro de cada um.
Sei que muitas vezes o não é um pedido alto do sim
para que venha, para que fique, para que veja, para que sinta.
Aquele cigarro. A eternidade daquele cigarro, a fumaça que subiu
Queima sozinho, solto, no único no intervalo de apoio, no vão do vidro do cinzeiro. Vejo da cadeira no canto do quarto a brasa consumindo o tabaco.
O ar que circula e explora com ardência arrasta o papel fino transformando em cinza. E quando acaba, ainda assim, seu cheiro fica impregnado, deixa também um colorido na parede, no teto, atrás da porta. A fumaça me atrai, o cheiro me envolve, o gosto me amarga a boca, os olhos se irritam. Se tornou meu vicio... um trago só.... eternamente


julho 17, 2010

De mãos dadas

É verdade que o tempo é testemunha de muitas alegrias e muitas dores. É também senhor soberano, de tudo aquilo que concedemos à ele. Quando quero que ele volte, abro a porta das minhas lembranças e nelas me conforto.Quando quero que me ensine, abro as portas das minhas lembranças e ele me mostra.Quando quero esquecer, abro as portas das minhas lembranças e ele me mostra um baú onde guarda para mim lembranças, que eu penso querer esquecer.Eu tenho sede de vida. Sede de tocar, de sentir e faço isso com toda força que vivo, sabendo de todos os riscos que posso ter que enfrentar. Mesmo assim ainda vou, porque não me imagino murcha, além da pele que vai enrugar com o passar dos anos. Tenho horror de tudo tão severamente certinho cronometrado parece que estou, e estou, seguindo regras que não são as minhas. Regras de gente sem veia, sem entusiasmo, regras de gente que tem medo de ser dar de ser feliz , de ter o que dizer, de ter o que consertar, o que resgatar, o que conquistar. Tem gente que tem medo de ser feliz. Quero viver os meus momentos, que certamente não serão os que outros planejaram, quero viver meu sangue, meu riso, meu pranto. Quero fazer, criar, mudar, experimentar, quem disse que pra ser feliz é preciso magoar outros ou se culpar por covardia alheia? Achamos a vida longa quando dela não tiramos proveito nenhum e contrariamente, a achamos curta quando percebemos que dela nos cabe a melhor parte, que é simplesmente vive-la. Proibimos, ignoramos, nos punimos em segredo pelas vontades, em busca da perfeição de avaliação social; sim vivemos em sociedade. Eu quero o avesso dela, não a rebeldia. Porque isso não me faz feliz , mas o seu avesso, sim. O que inibe os pensamentos, censura os desejos, sequestra os sentidos, o lado que aquece o sangue, que provoca a carne, que alimenta e impulsiona a vida, a morta carne que perambula pelas ruas das cidades em nome de uma falha e anêmica moral social.
Há muito mais dignidade em mim, quando pecadora.
Hoje ando de mãos dadas com o tempo. Não avanço, não retrocedo. Caminhamos nos olhando. Ele me permite sentir e decidir, e eu, o recebo sem responsabiliza-lo de carregar sozinho pelo que nos dedicamos saber, um do outro.


julho 15, 2010

Todas as maneiras

Eu gosto de demonstrar amor.
Em todas as formas que ele se manifesta..
Eu gosto do amor por ele só.
Porque é forte, porque é fraco e por isso contrastante.
Mesmo quando não recebo da mesma maneira,
ainda assim eu gosto.
Acho que viver é isso.
É tentar sentir o coração bater em busca de ser feliz.
Se felicidade são momentos, amor deve ser os ponteiros
que marcam esses momentos.
Eu já senti amor vindo de um olhar distante.
Já senti amor depois de odiar
Já senti amor na própria incapacidade de se dar amor
E com toda força de se ter o amor
Tem coisas que a gente passa a entender
mas fica só dentro da gente



julho 14, 2010

A posse

Na verdade, não há posse.
Há um bem querer enorme
Uma vontade de querer ficar
Um desejo de pertencer sem depender
apenas ter, trocar, sentir. Não há posse.
Há um eterno estado de conquista
Um bem querer vasto, profundo
Pradigmas não cabem mais


Vertigem

Vertigem é um sopro de vento entre o que sinto e o que vejo
Há instantes onde a vertigem é tamanha que me enjoa o estômago .
Há momentos em que a vertigem,
simplesmente embala delicados outros momentos
Sigo tentando equilibrar a sede e a fome,
mas um passo em falso e tudo se mistura
Não quero mais ter a sensação de andar fora do chão
a vertigem, a minha vertigem não vai mais me seduzir
Ao contrário, sou eu quem vai seduzi-la agora
Quero o desafio do medo de voar,
diante da reação dela, a vertigem
Quero domina-la no meu corpo
e caminhar, quase que desfila , pé ante pé
com desenvoltura, movimento,
na corda que voce não soube atravessar


julho 13, 2010

Por um triz

Hoje queria desafogar daqueles fiapos que ficam enroscados na garganta da gente e
toda vez que um pensamento vem, a sensação acompanha os sentidos e
se percebe que ainda tem muito à dizer.
Hoje to po um triz...

Sofismo

Eu vou tentar , para que nunca mais me roube assim
Eu vou tentar, para que nunca mais me divida
Eu vou tentar, para que nunca mais, seja unicamente nunca mais
Eu vou tentar, para que teus gestos não me magoem
para que eu não tenha em nenhum momento vontade de guardar
essa mágoa ,e que nunca tenha pense na oportunidade de devolve-la à voce
Eu vou tentar, mudar o caminho das minhas respostas,
sempre que elas quiserem teus braços
Eu vou tentar mentir.

julho 12, 2010

Sem pedir licença

Porque voce entrou assim, sem pedir licença?
Foi sorrateiro tomando espaço, e mesmo sem caber
em mim , afastou , empilhou, dobrou outros tantos sentimentos
e foi ficando. Tenho tanta raiva , tenho tanta raiva desse vão.
Tenho raiva de pensar que há momentos em que sem querer pensar
meu coração dispara, e mesmo quando finjo querer deixar, voce já está
E sinto ainda mais, quando de alguma forma
posso imaginar que há um animal de presença assustadora,
no corpo quente do homem que me abraça.
Um briga longa sem vencedor.
Já descobri muitas coisas. Entre elas, já descobri até, como odiar.
Mas não aprendi a desprezar, nada.
É ótima a sensação de saber do dominio.
E também, a sensação de saber que tudo passa.
Os piores e os melhores momentos
Todos passam

julho 08, 2010

Olhos de Nelson

Estou olhando para a vida como talvez, Nelson Rodrigues veria ...
Assim como ela é ... As vezes um pouco fria, as vezes quente o suficiente,
drástica , dramática, envolvente , intensa e real.
É o que me cabe. É a que eu tenho.
É a que me acorda todos os dias e me põe sorrisos ou lagrimas no rosto.
Mas, me sacode! E me da opção de senti-la e vive-la 24 horas por dia!

julho 07, 2010

Verbo Mulher

Incrivel como percepção é um detalhe quase imperceptivel
Como se passa uma vida inteira ao lado dela e , sem ela!
Não, nao se conveça de que o milagre existe.
O que existe é a descoberta.
O tempo não é milagroso, pode\ser aliado,
vai da importância e epaço que dedicamos à ele.
As vezes passamos por nós mesmos sem se quer
sentir nossos corpos em movimento.
O que dizer de nossas emoçoes e sentimentos...
Queremos servir, e nos culpamos por isso
Curiosamente vi tudo como se estivesse do lado de fora.
Tirei a culpa e a necessidade de servir
Percebi que o que queria mostrar, tem que ser descoberto
Percebi que nem tudo pode ser desoberto
Que nem todas as pessoas sabem o que fazer com as descobertas
Percebi que todos os meus detalhes são importantes.
Fortes, convictos, certeiros, presentes, definidos,
resultantes, provocativos, insinuantes, desafiadores
criativos, dificeis, orgulhosos, teimosos,
totalmente presentes no feminino do
Verbo auxiliar, de ligação, depoente ,Intransitivo, irregular ,Verbo iterativo, Transitivo ,Verbo Transitivo Direto e Indireto

"verbo mulher"

orgia

Uma orgia de mim. Me entreguei despudoradamente, invadi todo meu corpo. E além disso, penentrei na alma. Momento único. Deixei que me tocasse, passei por tudo, senti o quente , o pulsar , senti o frio , o arrepio, me vi sorrindo e experimentei o salgado da lágrima. Pensei inúmeras vezes em parar, fechar os olhos , correr para a porta e sair. Resisti até o fim . Então me descobri fecunda. E muitas outras coisas se mostraram significantes e insignificantes diante do que agi até então. Há agora uma espera, mas uma espera sabida. Um tempo de construção e reconciliação. Um tempo de demolição e exclusão. Nascer, porém, muito além dos olhos alheios.
Descobri que gosto até dos meus defeitos. Apenas os maltratava porque não sabia lidar com eles. Que não é importante convencer ninguém, a maior importancia está em acreditar.

julho 05, 2010

Prendendo Folêgo

Me falta coragem de me vencer pelo cansaço
Me falta coragem de desistir do que nem mesmo
eu sei o porque e, pelo tanto que diverge , conflita
já seria o bastante ser ausência no espelho
Tão inconstante, repleto de perigos, ainda assim me falta coragem
Sinto muito que não possa ser o caminho
Sinto muito que não tenha força para desistir
Sinto muito, muito mesmo
Mas, pode acreditar.
Será Um golpe só
Uma única vez , agora

Água e Chocolate

Ela viu os olhinhos dele correndo de um lado para o outro buscando a coerência entre os lábios dela e as mãos dele . Viu um instante vago, daqueles que se não há recusa, não se consegue mais fugir dele. É tão único o abraço na cintura dela . Quando a cabeça encosta no peito dele e, sabem que não tem muito o que explicar, mas, há muito o que descobrir.Fica tão vivo o pensamento, e quente.
Tantos porques fazem e perdem os sentidos, entre a calda de chocolate e um gole d'água, ela e ele. Sensação de que as pernas ficaram curtas para correr, e então o tempo chega veloz ao encontro das vontades, vem o consentimento, a entrega deles.

julho 04, 2010

Do outro lado

Escorrega pelo corpo, por dentro e por fora
Vai descendo pela pele e pela alma
quente e fria, torturante sensação
um sopro, um arrepio, as mãos estremecem
se agarram nas paredes lisas, e nelas descem
as unhas tentam cravar, arranham,
descascam a tinta que transpira na massa
e se escondem entre a carne dos dedos
Alguém assiste do outro lado
Doi o corte da folha de papel, nas pontas dos dedos
Doi o corte de faca, na pele da palma da mão
Doi o ardido nos olhos, a fumaça





E como amo ...

Me entrego, assim na raiz
Nada de superficialidade
Intensamente, sempre
Assim há definição de começo e fim
O meio é o que sinto, quanto sinto
como vivo isso tudo
Sem metades, quero completo
Amor, dor, tudo, a vida não tem um lado só
as razões não são fortes que não
possam ser mudadas, experimentadas
Quero ter o que saber de voce
quero ter o que lembrar
nada vago , nada comum
Meus sentimentos são convulsivos
explodem, dominam
Não sei se faz deles um desfio ou uma barreira
Mas faz deles meus e de quem os sentir em mim
O tempo é subjetivo, o que faz valer
é como vivemos nele
Não me convenço por pouco
Eu amo, assim, entre o agora e o já
O urgente e o necessário
entre o imprescindível e o impossível
entre a tua boca e a minha
entre a tua vontade e a minha
entre a tua palavra e a minha
eu amo assim, entre o espaço
da tua saudade e da minha
eu amo assim, apaixonada
entre carne e alma
eu amo assim
com coragem


julho 03, 2010

Rapto das Reticências



Quero raptar voce, por 2dias
sequestrar seus medos
quero te viver, em 48 horas

Quero que me sinta pelo olfato
pelo toque, pelo abraço de
acordar em mim

Quero transpirar teu corpo
Cuidar do todo, fazer sorrir

Quero que sinta as possibilidades
que se divirta com as bobagens
que se entregue , não negue
são dois dias , enfim

Ao fim, voce pode querer ficar
ou pode querer partir
só vai saber se de me deixar

te roubar pra mim...

julho 02, 2010

Pecados em confissão

Queria saber se de alguma maneira,
quando o pensamento te toma de surpresa
na forma de meu corpo, minha boca, meu olhar
ele pulsa dentro de voce
Que se em segredo e sem palavras
por um descuido de resistência, me busca.
Se o meu gosto é o do pecado
Se não tem definição
Que essa distancia é sua proteção
Que o silencio é a confissão
Que eu te espero, errante





Dias fatiados

Detalhando os dias em fatias
a vontade é a fatia mais larga
Seguida da saudade
Dividindo as fatias em tiras mais finas
as tiras se espalham e misturam
vontade com saudade
confundem os dias
que se juntam outra vez
e de novo, e sempre oferecem
o mesmo sabor, da mesma receita
para a mesma espera
para o mesmo dia, enfim


julho 01, 2010

Dedos, Ovos e Faca

Quantos dedos temos nas mãos? Cinco ? Dez no total?
Não é preciso se encher deles pra falar.
Não se faz omelete sem quebrar os ovos
Não se afaga com a ponta da faca
Da mesma maneira que ruinas
não voltam a ser castelos
Restauros, são emendas
e emendas são estrias permanentes
Não fale de lirismo, para proteger
a maneira de ter um sorriso seguro
Sulreal é ter certeza de que só
o que é matéria tem força , peso,
e se transforma

Leia- nos

Leia...leia sempre. Leia mais de uma, duas, 6 vezes. Leia com paciência de revelar detalhes, com permissão para que as palavras invadam seu...