julho 18, 2010

Se essa rua fosse minha

Não precisa olhar para outro lado para desviar olhar
Já providenciei para que a rua fique só sua
Pelas calçadas os paralelepípedos quebrados
o meio fio, onde as águas de chuvas escorrem
ate alcançarem as bocas de lobos , tudo limpo
Tudo livre, caminho por onde não pisarei
Lugares sem saudades, sem desejos
Ainda procuro exatamente o ponto de inicio
para poder torna-lo ponto final
E mesmo quando quero entender, porque algumas vezes
quando quis não continuar, seu olhar me alcançou,
ainda hoje não sei a razão pela qual dobrou as esquinas,
pelas quais antes, eu tentei correr
Talvez pelas mesmas razões que agora as atravesse
Não aprendi a decifrar, instintos, eu apenas conheço
sentimentos e esses, agora escorrem pela boca de lobo
na linha da água de chuva, se esfolando em pedras duras
até demoradamente desaguar em algum rio






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