julho 18, 2010

Se essa rua fosse minha

Não precisa olhar para outro lado para desviar olhar
Já providenciei para que a rua fique só sua
Pelas calçadas os paralelepípedos quebrados
o meio fio, onde as águas de chuvas escorrem
ate alcançarem as bocas de lobos , tudo limpo
Tudo livre, caminho por onde não pisarei
Lugares sem saudades, sem desejos
Ainda procuro exatamente o ponto de inicio
para poder torna-lo ponto final
E mesmo quando quero entender, porque algumas vezes
quando quis não continuar, seu olhar me alcançou,
ainda hoje não sei a razão pela qual dobrou as esquinas,
pelas quais antes, eu tentei correr
Talvez pelas mesmas razões que agora as atravesse
Não aprendi a decifrar, instintos, eu apenas conheço
sentimentos e esses, agora escorrem pela boca de lobo
na linha da água de chuva, se esfolando em pedras duras
até demoradamente desaguar em algum rio






Um trago - eternamente

Ainda não sei o que a resistência traz.
Também não sei o que ela leva.
Não sei da grandeza de dentro de cada um.
Sei que muitas vezes o não é um pedido alto do sim
para que venha, para que fique, para que veja, para que sinta.
Aquele cigarro. A eternidade daquele cigarro, a fumaça que subiu
Queima sozinho, solto, no único no intervalo de apoio, no vão do vidro do cinzeiro. Vejo da cadeira no canto do quarto a brasa consumindo o tabaco.
O ar que circula e explora com ardência arrasta o papel fino transformando em cinza. E quando acaba, ainda assim, seu cheiro fica impregnado, deixa também um colorido na parede, no teto, atrás da porta. A fumaça me atrai, o cheiro me envolve, o gosto me amarga a boca, os olhos se irritam. Se tornou meu vicio... um trago só.... eternamente


Leia- nos

Leia...leia sempre. Leia mais de uma, duas, 6 vezes. Leia com paciência de revelar detalhes, com permissão para que as palavras invadam seu...