abril 07, 2012

Passaporte

To aqui, discretamente dilacerada, duvidando de todas as verdades e posturas. To aqui, achando a quem pertence a tal culpa de saber ser  ruim. E ainda acreditando que  se eu fechar os olhos   vai passar. Coisas de quando menina, ainda que num ato de carinho, me desensinaram a enfrentar. Fico fazendo  milhões de outras coisas como se no final de tudo  nada daquilo me pertencesse , nem mesmo aquilo que é meu. Não quero mais carinho  desses que  acontecem parecendo um ato de  pena, fragilidade. Quero abrir  a boca, o peito  os olhos  a janela e respirar. Quero nascer desse suspiro, desse alivio, desse rompante.Quero sentir  como são as tristezas,a s alegrias, o tesão, o beijo, o abraço, a saudade, o encontro, o brilho do olhar. Quero aquela sensação de conforto de alma, de paz.Quero pouco  do mundo , mas quero inteiro.Quero ser  romântica e brega, extravagante e única, sensível , forte, tudo a cada tempo, tempo exato, tempo meu.

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