junho 10, 2010

Ardido #3

Esse ardido que me passa nos lábios
Esse sumo que me faz salivar
Ao pronunciar o nome, rouco
provoca, faz a pele eriçar
Fechar nos olhos a tentação de dizer
o que nem é preciso, basta que
feche os teus também,
Dedos correndo pelas grades
de uma cerca de galpão...
Erguer nos braços até
alcançar o teto e ver de baixo
o que pertence, no momento, teu
Faça outra vez, de novo, sempre
Arde aqui, comigo, sua, transpira
Depois... a água morna vai te banhar
Mas leva meus labios
porque estarão ardendo na tua boca
atormentando tuas mãos
persuadindo teus pensamentos
que são meus

Brisa e Vento

Tudo o que se passa diante de nossos olhos
pode ou não tocar a alma.
É uma oportunidade que nosso coração oferece.
Se desarmado toda brisa passa,
embora com sua leveza sopra e se faz perceber.
Todo vento sopra, embora com sua força pode
apenas empurrar sem envolver.
Somos corpo soltos pela imensidão.
Num trajeto , num curso de atração de descoberta
de procura de um contra ponto.
Quero que o vento sopre bem forte
empurre e quando estiver quase presa
num solido muro desconhecido
que a brisa me faça companhia
pelo tempo que estiver ali.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...