maio 01, 2010

Caixeiro Viajante

Voce vem assim,
com jeito de quem nada quer
Rouba minhas noites,
engole meus dias,
estende palavras
Foge pela janela,
deixa a porta aberta,
a cama vazia.
Não me deixa escapar,
fico descalça sem saída
Fica meu dono e eu sua vadia
Vem quando quer, tem o segredo
Não sei quanto tempo serei
refém de seu capricho
Não sei se acabo te tomando
e te vencendo
Não sei se acabo me perdendo
e me entregando
Quero que não me resista,
quero que eu não te desista
Forte é quando sem tocar,
possui, consome
Se eu disser que machuca,
mas que mesmo dizendo não
Não reajo. Qualquer dia desses
vai encontrar a porta fechada ,
a cama arrumada,
a janela com vidraças
e cortinas...

Muralha

É muito difícil não te querer
Deixa eu tentar traçar os sinônimos
com os quais suas palavras me invadem
Deixa eu mostrar como se traduz em mim
Deixa eu tocar em voce
quando estiver distraido
Deixa eu te arrancar da lucidez
te arrastar pra insensatez
Deixa eu te mostrar
o que de mim ainda não conhece,
e o que de voce mesmo, não reconhece
Não pense que eu sinto a tua falta
porque eu vivo tua ausência
Mas não pense por isso também,
que não vou saber ficar
Voce me ensinou e agora eu
apenas aprendi a beber teu silencio



queria que rompesse a certeza de que
as coisas tem ordem, que pessoas significam
só o que se pode ver, que sentimentos são sentidos
que se pode dominar. Que carinho é só parte de atenção






Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...