maio 01, 2010

Caixeiro Viajante

Voce vem assim,
com jeito de quem nada quer
Rouba minhas noites,
engole meus dias,
estende palavras
Foge pela janela,
deixa a porta aberta,
a cama vazia.
Não me deixa escapar,
fico descalça sem saída
Fica meu dono e eu sua vadia
Vem quando quer, tem o segredo
Não sei quanto tempo serei
refém de seu capricho
Não sei se acabo te tomando
e te vencendo
Não sei se acabo me perdendo
e me entregando
Quero que não me resista,
quero que eu não te desista
Forte é quando sem tocar,
possui, consome
Se eu disser que machuca,
mas que mesmo dizendo não
Não reajo. Qualquer dia desses
vai encontrar a porta fechada ,
a cama arrumada,
a janela com vidraças
e cortinas...

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