julho 04, 2010

Do outro lado

Escorrega pelo corpo, por dentro e por fora
Vai descendo pela pele e pela alma
quente e fria, torturante sensação
um sopro, um arrepio, as mãos estremecem
se agarram nas paredes lisas, e nelas descem
as unhas tentam cravar, arranham,
descascam a tinta que transpira na massa
e se escondem entre a carne dos dedos
Alguém assiste do outro lado
Doi o corte da folha de papel, nas pontas dos dedos
Doi o corte de faca, na pele da palma da mão
Doi o ardido nos olhos, a fumaça





E como amo ...

Me entrego, assim na raiz
Nada de superficialidade
Intensamente, sempre
Assim há definição de começo e fim
O meio é o que sinto, quanto sinto
como vivo isso tudo
Sem metades, quero completo
Amor, dor, tudo, a vida não tem um lado só
as razões não são fortes que não
possam ser mudadas, experimentadas
Quero ter o que saber de voce
quero ter o que lembrar
nada vago , nada comum
Meus sentimentos são convulsivos
explodem, dominam
Não sei se faz deles um desfio ou uma barreira
Mas faz deles meus e de quem os sentir em mim
O tempo é subjetivo, o que faz valer
é como vivemos nele
Não me convenço por pouco
Eu amo, assim, entre o agora e o já
O urgente e o necessário
entre o imprescindível e o impossível
entre a tua boca e a minha
entre a tua vontade e a minha
entre a tua palavra e a minha
eu amo assim, entre o espaço
da tua saudade e da minha
eu amo assim, apaixonada
entre carne e alma
eu amo assim
com coragem


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