julho 02, 2009

Vida Profana

De dia, pura e casta
De noite, uma vadia
Esconde por baixo da capa, brasas sob as cinzas.
Lábios carnudos que rezam o terço, seduzem o santo, desmancham o berço
Descrevem e sugam dele, todo o seu membro
Gemidos sufocados escapam de um sussurro
Ela pede pra que ele aperte seus seios desnudos
O corpo é o pecado dos olhos, que cobiçam o prazer da carne
Pedem perdão pelo ato e pagam penitência pra mais uma incidência
Molestam suas crenças
Se beijam, se tocam, se traem
Transpiram em seus poros contidos em volta dos abraços
cruzam as pernas, olham nos olhos
Amarram e desfazem laços
Vida profana
Deus abençoe as putas e as santas

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