dezembro 21, 2010

Um pouco de verdade

A verdade é que tenho uma enorme vontade de avançar em você, e não pense que é para ter do teu corpo o prazer da carne, porque dele já me desprendi. Voce desgrudou ele de mim. Já nao via  mais tanto desejo em imaginar teu pulso no meu a apertar com força, como se mandasse em mim. A verdade é que  também  fui esquecendo da tua boca que me  surrava  as curvas. A verdade é que já não queria tanto seu olhar engolindo o meu e, depois se desviando para revelar fechados o que sentia  ali, depois de ter a  mim. A verdade é que  mesmo diante disso tudo, não se  satisfaz. Quer a  indecência. Quer manter o despudor da fraqueza do que  não  tem coragem de  deixar, a troco da vaidade de sentir dono. Sinto muito. E senti mesmo. Senti que tivesse  que  acreditar nessa  postura aerada. Recorri a uma resposta, e atendi um ou na verdade, mais um capricho. Me afastei. Mas, como não foi  em ti que cortou, me seguiu. Sempre com a insuperável certeza da generosidade. Ainda a pouco,  pensando em ti, e considerando que me procuraste, mesmo tendo partido de ti  o pedido de afastamento, quis  te pedir desculpas, onde talvez eu  ainda não soubesse  enxergar que  errei. A verdade  é que também poderia te desculpar pelos contraditórios exemplos de  postura. Mas, um pouco só de verdade para  dizer o que realmente vi. Onde antes tudo  era  apenas um momento, agora me parece uma etertnidade, só que vazia,  completamente vazia. 

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...