setembro 04, 2009

A Importância

Hoje percebi por alguma razão, que também já não tão tem tanta importância, que há tempos não me lembro de você. Que toda aquela importância que eu alimentei de você, sobre minha vida passou, e de tal maneira, que nem eu mesma me dei conta. Foi como se uma torneira aberta, esquecida assim, tivesse jorrado toda sua reserva, secando definitivamente.
É espantoso como os sentimentos e sensações nos pegam de surpresa. É sim, de surpresa! Quando nos apaixonamos e quando desapaixonamos. Ou alguém sabe dizer qual o exato momento que se apaixonou? Já ouvi histórias lindas e também cruéis sobre começo e fim.
Cheguei a sorrir, timidamente confesso, quando concordei comigo mesma, que descobri o início de mim.
Inicio? Mas não é a constatação do fim? Não. É literalmente o início.
Primeiro passo para compreender que nada é mais ou além do que eu mesma possa determinar em minha vida. Que atitudes definem posturas, reações e conseqüências, para as emoções. Que o arbítrio é meu. Não estou querendo fazer um “mea culpa”
Estou sim, sentindo, descobrindo, percebendo, conhecendo e provando, a maior capacidade que um ser humano tem. Retomar.
E sem você. Ainda que você nunca tivesse existido por inteiro, além de minha vontade de me entregar. Dentro da felicidade que iludi, alimentando desculpas e aceitando justificativas, deixando sempre um rastro do meu amor, para que você sempre chegasse.
Hoje sei que rastros se apagam com o tempo. Também sei que justificativas são torneiras abertas. E, que o que importa mesmo, é só o que tem importância própria.

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