abril 29, 2014

Zero Dias

Impossível desenganar o tempo.
Ele corre livre, transforma o espaço em vulto.
Você não o vê, mas sente.
Ele passa, te abraça, te laça, te vira do avesso.
Ele não se entrega. Continua.São zero dias sempre.
Para cada dia que passa, para dia que acaba
Para cada  dia, dúvida, para cada dia dia vida...

abril 28, 2014

Maybe

E por que te pertenci, te vi como desejo meu.
E por que te perdoei, muitas, várias, inúmeras vezes, me castigou.
E porque não te esqueço, não te ignoro, não te desprezo?
Talvez seja porquê, eu seja  eternamente  tua, de maneira tal, que toda mágoa , toda culpa, toda ausência, está em todo  instante que respiro. Que respiro meu ar, enquanto eu vivo, eu te vivo.

Tortura

É sombrio e desesperador.
É vazio e sonhador
É a vastidão da ausência, num sopro de esperança 
Um cantar de sussurro 
Em tua carne está minha fraqueza,
Mas não me desnuda só dela
É pior, me rasga nas feridas 
E quase morta me procuro a toda sorte
Saio do meu juízo e busco na tua boca 
palavras enroscadas nas letras
És a tortura.

abril 20, 2014

Realmente

Não. Você não sente nada.muito menos, realmente.
Não sentiu amor, não sentiu carinho, não sentiu sentido e sentimento algum.
Não distingue seus obstáculos de seus fracassos. Suas mentiras tem raízes.
Tua a culpa se molda na justificativa de aceitar assim.
Você não sente nada, muito menos,  realmente, por  alguém



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