janeiro 31, 2010

Do jeito que me chama

Gosto do jeito que voce me chama.
Gosto do jeito que diz "minha".
Gosto da morosidade com que tua língua passeia em mim, do rastro que deixa e, do gingado que me causa.
Gosto da tua mão à toa, tateando, espalmando minhas costas, provocando a tez.
Gosto quando prende meu cabelo mais perto da nuca e, vira para a direita e esquerda minha cabeça, enquanto encosta o teu corpo no meu.
Gosto muito de ficar assim.
Gosto de sentir teu abdômen respirar em mim, cruzar os braços por trás das tuas costas, enroscar teus pelos nas minhas coxas.
Gosto quando pulsa na boca.
Gosto...
Gosto quando transpira e arrepia.
Gosto do jeito que perco os sentidos.
Gosto do jeito que entro em voce
Gosto do seu ritmo conduzido.
Gosto do jeito que de ser tua.
Gosto quando voce me diz,
... vem minha

Recorrência de nós

Outra vez. Do mesmo jeito de sempre.
Como se nunca antes tivesse havido.
Eu sentindo e pensando, voce se divertindo.
Acho até que sei sobre essa maneira de interferir, vem com um pedido discreto, com ar de querer e, confesso, irresistível não digerir.
Alimenta- se o que não tem exatidão.
Como se pudesse trocar as falas do tempo e fingir que não há mesmo, nada
Aperto. Já nem devia mais sentir assim.Por muito tempo voltarei.
Vou contornar sua sombra, invadir talvez, surpreender.
Vai me afastar, eu sei. Mas se vou longe, voce vem.
Só pra tornar-me outra vez.
A distância é o passo entre o ser e o ter
Eu conto...
10...

janeiro 30, 2010

Era só pra acreditar...

Era só pra sentir o abraço forte.
Ficar assim por minutos que seriam na lembrança, a  eternidade
Ter o conforto do seu peito forte e o pulsar que me convida a ficar , entrar.
Ver o sorriso malicioso de quem está por dizer e se fecha
Guardar o segredo em um lugar particular
Deixar que perceba o melhor de mim
Ficar assim , parado...
Confessar que já se vive aquela vontade de ter
Jurar que não vai  ceder
Promessas que a gente jamais vai cumprir
Pelo chão as taças, e aquele som  da agulha arranhando a  ultima parte do antigo vinil que nunca saiu da vitrola.
Só o silencio responde ao longo suspiro.
Aquele condiciona a luz  da manhã ao partir.
Quando sair, deixe tudo como está.
Quem sabe voce volta,
Quem sabe voce vem,
Quem sabe voce fica até  a noite que vem...

Toda nudez será castigada

Pois que venha todo o castigo.
Ordenados e com força , pra que possamos sentir sua lamina,
rasgar as camadas e mostrar por dentro, o avesso.
Que o sangue escorra denso, vermelho e manche todo aquele que por nós passar, ávido de desejo.
Os olhos são as mãos cálidas que tocam a tela e transborda em prazer

Culpa Igual

Tão diferentes para desejos  iguais
Corte sobre a língua e dor na carne
Onde moram as reservas de palavras que anunciam o castigo?
Sem dizer, só pensar e carregar por ai
Sussurros ao pé d'ouvido
E desfalecer assim, sem resistir, simplesmente ir
Escorregar, definir, abraçar , sentir.
Eu quero assim...
Faço parte apenas do seu sangue, corro por dentro
Mas não pode me tocar, porque se me deixar sair, vou esvair
É esse o castigo, olhar sem ver, tocar sem sentir.
Querer, querer,  querer

janeiro 29, 2010

Por enquanto

Noite fria, garôa mansa, sob a pele lisa.
Passos curtos, estreitos , para dar tempo ao tempo.
Ir  bem devagar, pra chegar.
Pensamentos, sorriso cauteloso, olhar distante.
O céu encoberto, esconde a imensidão, nem mesmo a lua se mostra ainda que  tímida.
Aquele cheiro de mato e flor se espalha com o vento, e  faz arrepiar.
Sensação de não estar, não ser, não ter.
Uma brincadeira entre voce e eu
Jamais pude desvencilhar uma coisa da outra 
Se não está, não sou
Se não tem , não estou







janeiro 28, 2010

Pelos Ares

Se voce me alcançasse, talvez pudesse sentir a brisa que refresca  a pele.
Se a minha pele tocasse a sua, talvez pudesse sentir o arrepio que o calor provoca.
E, se me provocasse talvez pudesse sentir a brisa, a pele e o calor.


Não, não pense.
Não tem a menor necessidade. Nem mesmo tem importância.
A estrada ainda é a mesma.
Os sons das folhas no chão e do vento que  sopra devagar, ainda moram aqui.


Ouça. Solte. Alcançe
Pise. Sinta. Provoque

janeiro 26, 2010

Minhas condições pra voce

Que jamais se exclua 
Que se afaste pra que sinta saudades, mas não abandone.
Que divida seu corpo, mas, não sua alma e me proiba de te tomar por mim.
Que lembre sempre do meu beijo, não confunda seu desejo, e dispense as justificativas de ir e vir
Que se desprenda das verdades que diz por ai.
Que queira além de mim, inteira, completa.
Que me arranhe a boca, que me aperte no peito.
Que seja igual  ao que é com todas, mas que quando meu , apenas meu.
Que me faça sonhar, viver, cantar.
Que o seu relógio não precisa estar ajustado com o meu, mas sua vontade sim.
Que prometa que jamais vai fingir que não vai  me deixar.

janeiro 25, 2010

Fagulhas

Seduzir.
Apenas inventar que sente, um olhar que invade. Revelação.
Pelos caminhos dos desejos, um, arde mais forte.
Embaraçandos os lençois enquanto as pernas  cruzam e descruzam, buscando achar seu  par.
Pela vidraça escorrem as gotas, resultado da transpiração em demasia.
A boca chama, pede, e o olhar sustenta o convite
Os cabelos longos, escorrem pelo rosto, ombro e minguam nos seios
A demora em chegar é o castigo, pleno.
Mas, a recompensa  será  eternizada  pelo sabor do  beijo
Tão seu , tão meu.

Capitulo Seguinte

Não digo para não contradizer o que o pensamento acusa e a atitude sublima pelo simples fato de viver.
O mundo é culpado da hipocrisia e nós, cumplices dele.
Esmagando os passos para encurtar as pegadas e ainda assim, sempre longe do final.
Liberdade é algo muito distante da indenpedência.
Os sonhos. Neles moram a liberdade. Todos os sentimentos. Os doces, os amargos, os prazerosos, os proibidos, os covardes, os audaciosos. Essa corrente presa ao corpo, arrasta, machuca e até desenha hematomas, que marcam apenas a alma. O avesso é algo que deveria ser visto. Inclusive do lado de fora.

janeiro 24, 2010

Os dedos da mão

Há entre os dedos da mão um espaço.Um vão. Porém, ele é limitado.
Para que os movimentos possam ser curtos, exatos e definidos.
Só assim é possível usar á todos os cinco.
Não sentir a  falta que qualquer um deles nos faria, em alguns momentos, pode ser perigoso.
Lembre-se  sempre  de reconhecer e valorizar, a importância de cada.

janeiro 10, 2010

Eu, Messalina

Procuro pelas camas e homens que deito, aquele que me faltou, trocou, esnobou.
A vingança é secreta e maltrata só a mim mesma.
Castigo pela ausencia que deixei existir de voce em mim. Sinto prazer. É sórdido e desafiador.
Sempre tenho que me convencer que já é o bastante. Não consigo.Outro dia quis muito apanhar.
Pedi que me surrasse com força, até que e o sangue transbordasse minha carne, arranhasse minha pele e eu entregasse os sentidos. Que ordenasse minha submissão e me tomasse sem descanso, como uma qualquer. Porque com todos eles, é para voce á denuncia do meu corpo.
Jamais homem algum saberá de mim, porque jamais revelarei teu nome.
Teu nome é a maneira de não morrer voce em mim.

Noite de Domingo - casulo

Eu quero me apaixonar umas mil  vezes.
Quero amar outras mil e quinhentas.
Quero  chorar e sorrir
Pisar descalça  e sentir livre .
Porque é tão dificil se sentir livre?
Vivemos e aprendemos que é importante conhecer, acreditar e ter alguém.
Fazer filhos, educa-los e assistir seus erros e acertos.
Cuidar dos pais, quando velhinhos dependem, de nós.
E então me pergunto, qual é o momento em que a vida que existe em mim, é minha ?
Onde e como posso  ir e fazer, ser e estar,  sem magoar ou justificar?
Porque será que mesmoque  dizemos que há independencia em nosso jeito de ser? E que nada nem ninguém nos prende, não pertence em pensamnetos e algumas atitudes, mentimos? Se realmente tudo fosse a absoluta verdade, não  sentiriamos neceessidade de , abstrair, experimentar, buscar outros .luagares, pares, inicios...
Sentir-se assim é questionamento de quem ainda não aprendeu a ser diferente do comum.Quando assistimos um filme , lemos um livro, refletimos sobre um texto, comparamos o que somos, vivemos e conhecemos.
É isso. O que falta é a coragem. A audacia do medo.
De tanto que minha alma pensa, já me matou tres vezes.
A primeira , agiu pra contrariar - me machucou.
A segunda, fez para não decepcionar - me anulou
E a terceira por estupidez das outras duas vezesm por pensar que já tinha malicia suficiente.
Ingênua que foi. Absloutamente frágil não suportou.

janeiro 07, 2010

Capitulo Um

E quando eu descobri , preferi omitir.
Aquela mistura de espanto com orgulho .
Um enorme prazer e medo de ser.
Eu que quase nunca pude ultrapassar da vontade, o desejo.
Hoje, nasce assim, aqui, ali, em todo lugar.
A pertubação não será mais minha , agora é do mundo. Que fique com ele e com todos que se mutilam e sacrificam suas lagrimas,  por tão pouco. Entrego o manto o cetro e a coroa, Que usem.
Não mais me agrega, não mais me compõem .
Quero apenas sentir que  saio pelo oposto da sombra, da tua sombra.
Não vou vagar, nem perde-me. Ao contrário, agora vou ocupar o meu corpo.

Eu em voce

Ah... eu duvido que voce não sinta falta.
Que não pense nas risadas e olhar maroto.
Que uma palavra,qualquer uma , igual, não te traga a minha voz , e nela minha saudade.
Ah... eu duvido que voce não sinta falta de se aquecer no calor do meu corpo. Que ao ouvir aquela música  e caminhar pela casa, vazia, não sinta minha presença.
Ah...eu duvido que se esqueceu da minha espera pela sua chegada e do beijo, sabor dos labios meus.
Ah... eu duvido que sua força é tanta que jamais se entrega num momento de desejo.
Sei que  distraido pode abraçar dsitante meu pensamento e trazer -me até voce.
 Ah... eu duvido que o tempo  demoliu nossa intensidade, até porque,
ontem mesmo, eu sei, estive com voce.

Cobiça da carne

O homem deseja  tanto a  carne,  que passa despercebida  a alma. A cobiça pelo que a pele reveste e sustenta é tanta que suborna a tentação de negar e encontra o perdão de absorver o corpo todo.Gostoso, prazeiroso. E depois quando o tempo castiga a tez, o que sobressai é a alma. Mas dai, que a essa altura , sobrou  muito pouco para que os olhos se encham e, ir além  do gosto da lembrança  pela proximidade da existencia é agora sem importancia . É, a junventude é cheia de manha..
É preciso ter ginga e conhecer o balanço do tempo.O charme está no molejo,  poucos sabem  que o ritimo está  na essência dos passos, mais calmos,  mas  muito, muito mais firmes...

Trecho do Amanhecer

Nada antes seria marcado se de tudo antes não tivessemos deixado nascer. Abra a janela. A brisa vai atravessar voce. Descubra-se.

Aquele bilhete

Escrevo para estancar a dor. 
Ela nasce do um momento que percebo que já é hora de ir.
Quando pulsa a garganta, eu só levanto olhar para acompanhar a distância que parece crescer. Queria me agarrar no teu cigarro. Seus intervalos são curtos.
Vou fazer um jardim com frutos que floreçam. 

Para sentir o perfume e guardar sabor.
As chaves da casa  estão  embaixo do tapete, exatamente no mesmo  lugar.
Aquele bilhete - " voce é tudo"- que fez pra mim, ainda guardo e de tão amassado quase não se lê. Mas eu o sinto, da mesma maneira que acreditei  no dia em que o encontrei, entre o travesseiro e o lençol da cama. 

Já é hora de ir, eu sei. Não, não sou eu quem parte. 
Eu moro neste amor, nessa entrega, nessa dor.
Escrevo, escrevo, escrevo...

janeiro 06, 2010

Desconhecido

Não tome como referência aquilo que duvida simplesmente porque no que acredita , quase ninguém  vê.
Os atalhos são perigosos.
Cortam caminho do tempo, escondem passagens de passos.
Viver a sensação de entregar-se  para não temer que te possuam, que te tomem das veias o sangue, é fugir da condenação de matar ou morrer. Existe uma comunhão na entrega, mas nada é totalmente doado.
Há sempre de permanecer uma divida, uma dúvida.
É isso que cativa a busca, é isso que comanda a vida.
O que não se alcança , ainda assim existe, apenas  não pode ser experimentado.
Ao menos até que cresça, ou que perca forças e recaia sobre o chão e arranque sua raiz.

janeiro 05, 2010

Aquarela

Pensou  pintar de várias cores, tudo.
As linhas, as letras, as vozes.
Para colorir as tardes, as vidas, as margens, para deixar de existir nomentos de angustia.
Tomar os pincéis, as aquerelas, e pintar, pintar.
Porque a cor é poesia.
Feito as águas, ventania, passan de leve, as vezes  frias.
O que mais fala daquilo que se reflete, é a palavra simples igual paisagem .
Uma imagem  esboçada, em lápis de traço fino, para junto de alguém quem saber, tingir de destino.
Um beijo cor de  laranja, um coração lilás, um olhar  azul oceanico, um abraço verdejante, no sorriso ouro, por todo  o caminho diamantes com raios prata no luar.
Assinado liberdade, poesia e cor.

Águas





Para traduzir-se é preciso negar.
Negar que não se importa, que tudo não  é.
Para gostar de sorrir é preciso criar, dar, receber. Não vender, suportar, fingir.
Se, enveneno todos os dias, é para alcançar a imunidade da hipocrisia urbana.
O que reserva a vida está muito além das manhãs sadias, tardes de brisa e noites de lua.
Se, entristece quando se sente vazia, saiba, existem muitas diferenças entre as simbologias. O rio que corre esconde em seu leito pedras, plantas, terra, energias.
Deságua em mares onde pessoas, muitas pessoas, procuram ora ondas que as desafiem, ora rasteiras águas morrentes à beira da praia, mas que de alguma forma provoquem nelas sensações.

Infinito


Maneira, modo instável de ver o nunca.
O querer que não se desfaz, não se dissolve com o tempo.
Tempo que arrasta desejos e interpreta vontades.
Vontades, segredos guardados no fundo da alma.
Alma, tempo infinito das vontades, desejos, para amanhecer em si próprio, assim, infinito.

janeiro 01, 2010

E agora?

E agora?

Quando as promessas de conquistas são rasas e tudo ou quase nada do que queriamos fazer, deixamos pra lá?
Olhando de fora o espetáculo, passando ao largo das tristezas e alegrias dessa gente enternecida, cheia de esperança, as de sempre, as de nunca.
Nos resta continuar a descobrir um lugar, no canto debaixo da mesa, atrás da porta a beleza, na sombra de uma árvore, com certeza encontrará a forma ideal.
Pra falar de amor e justiça, pobreza e solidariedade, amor e vaidade, em orgulho besta de achar, simplesmente achar.
Faz parte do mundo nada!
Restinhos, migalhas
Eu quero é mais, muito mais!
E agora?

Leia- nos

Leia...leia sempre. Leia mais de uma, duas, 6 vezes. Leia com paciência de revelar detalhes, com permissão para que as palavras invadam seu...