Sempre ouvi dizer que o mais importante do que saber o que se quer, é saber o que não quer.
Então seguindo esse conceito e, acreditando nele, fui buscar o que não queria.
Encontrei algumas coisas, descobri outras, e é ainda um processo lento e contínuo.
Então conheci situações, pessoas e fui entendendo o que são escolhas.
Percebi que não se tem o "tal dedo podre", o que acontece de fato são os critérios que adotamos e o resultado deles para nossas escolhas; e que acabamos apontando como "dedo podre".
Parei de apontar e comecei a prestar atenção nos critérios. Estou ainda em aprendizado, porque não é lá muito fácil "virar o dedão para você mesmo".
Eu já sei que algumas decisões, serão doloridas e que terei que lidar com elas, respeita-las. Aquela coisa do amor próprio... É tão fácil falar para o outro. Mas a gente não nasce sabendo nem mesmo sobre a gente mesmo. Estamos sempre em construção. Essa arquitetura de atitude, a engenharia da decisão não vem sabiamente completa, por isso temos as experiências, os desafios, as conquistas, e os equívocos, as ilusões.
Enfim, nesse caminho todo dei falta do oposto do mais importante...Saber o que quero. Achei que era tão lógico, não é. E eu vi que estava sempre no meio, correndo um perigo imenso de estar na contra mão. Fui pega de raspão por diversas vezes. Olhava para meus arranhões e culpava os outros, acusava de displicentes, egoístas, covardes, oportunistas e tantos outros adjetivos.
Sei que não é possível reduzir decepções a zero. Mas,sei que posso inibir qualquer coisa que possa resultar em algo que me magoe.
"Eu não preciso provar nada para ninguém, ou ninguém tem nada a ver com minha vida"... são outras coisas que ouço dizer e que estou reavaliando como significado para mim e a aceitação dessa convivência.Influencias.
Até mesmo as famosas "não estou preparado", "não é o momento" ou "ainda preciso de tempo"
...E se você , que por acaso esteja lendo isso e já julga e rotula todo o texto como inquietação emocional de relacionamento, pense naquele instante do critério de escolhas.
Estou falando de tudo, de uma vida que envolve, profissão, trabalho, opiniões, oportunidades, comportamento, mudanças e relacionamentos também.
A gente nem cabe dentro das palavras. E depois, lá no silêncio do travesseiro, na escuridão daquilo que segredamos até da nossa própria vez, às vezes expressamos um sorriso outras vezes sentimos o correr no rostos o frio da lágrima, e questionamos...
o que é o mais importante? Não importa o que tenha ouvido dizer...mas o que importa para mim.
E pra você?
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
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