abril 02, 2010

Confesso

Sob céu  cinza, fresta da janela 
de longe entre um telhado e outro
no escuro da noite, vento que sopra
os pensamentos bailam em passos largos

Seria aquele momento preso ao tempo
o único desejo

O quanto é o bastante 

Um copo d'água
Um rastro 

Fingido não ser quem sou, confesso
que são  meus o passos nos telhados
bailando com sede, fome, vontade


Transpirar no teu corpo

Sabe aquele dia que meu corpo transpirou no seu
e que meus olhos cercaram seu rosto
quando a meia luz  refletia uma sombra estreita de nós
Guardava a imensidão dos beijos que se esperavam 
no emaranhado do tempo, perdidos
Naquela  descrição de  mãos cruzadas
uma vontade  maior,  antes, de ficar ali
de perder diferenças, incertezas
A língua que percorria as curvas 
corria para a boca que chamava
o nome, o jeito, e te fazia  dono
por varias, muitas, inúmeras vezes
e, também de todas  outras 
que  um pensamento envolver
com um sorriso, por todo o dia estampado 
junto a um  olhar, buscar distante 
as batidas no peito 
como as daquele dia 
que meu corpo transpirou no seu

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