abril 02, 2010

Confesso

Sob céu  cinza, fresta da janela 
de longe entre um telhado e outro
no escuro da noite, vento que sopra
os pensamentos bailam em passos largos

Seria aquele momento preso ao tempo
o único desejo

O quanto é o bastante 

Um copo d'água
Um rastro 

Fingido não ser quem sou, confesso
que são  meus o passos nos telhados
bailando com sede, fome, vontade


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