junho 25, 2010

Aquele vinho...

...O liquido despejado pelo gargalo
do alto escorria molhando os cabelos
caídos no rosto
chegava na boca
descia pelo pescoço
alcançava o colo e
seguia entre os seios
trilhava até o abdome
guardava um pouco no umbigo
e corria certo, entre as coxas
para dentro, se misturando nela
havia calor e frio
então tremia, gemia
os olhos ardiam
a boca chamava
as mãos se agarravam aos cabelos dele
as paredes ela empurrava com as costas
pela força das pontas dos pés
então, foi carregada, seduzida
gemeu, tremeu, e se entregou
irrefutavelmente, irremediavelmente,
irresistivelmente, irrevogavelmente
inevitavelmente, insandecidamente
e se encontrou total e completamente
dele, nele, pra ele.

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