abril 01, 2009

Retrato

Não me surpreenda
Ao rasgar as palavras incompletas
que traz do teu mundo vazio

Não pode ser completo diante de estilhaços
covarde são as lágrimas de teus lábios
Teus olhos desmentem, estrábicos

Quando andei nos teus passos
senti o solo desalinhado, tua mão escorregava da minha
Suporte agora a fadiga
Reserve aquele cigarro
tranque as portas e janelas
não se atormente com as sombras
são suas idéias que já não me seguem

Deixei no canto, um caco de espelho
Teus chinelos, um cinzeiro

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