Eu gosto das palavras.
Da amplitude de interpretações,das manifestações que elas causam.
Eu gosto da simplicidade de dizer, marcar o pensamento, o sentimento.
As palavras misturadas, erradas, confusas, ardentes, distantes, iguais , constantes.
Uma vale por muitas, mas muitas, mesmo juntas podem não representar nada.
Seus sinônimos se explicam, acentuam, ensinam.
Palavras que se completam, iniciam.
Muitas condenam, proíbem, negam.
Me diga então, qual o sinônimo, do não?
Seria fim?
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
julho 26, 2009
Condição
A cama vazia. Imensidão.
Solidão acordada.
Minha mão que passeia no branco do lençol,querendo encontrar a tua.
Espaço maior.
Razão da condição entre a espera e a saudade.
Tempo de imersão.
Reflexo das almas que desalinhadas em suas aceitações, vão opostas em seus anseios.
Desencontros, migalhas, farelos.
Marcas, expressões.
Outra vez, cama vazia, imensidão.
Solidão acordada.
Minha mão que passeia no branco do lençol,querendo encontrar a tua.
Espaço maior.
Razão da condição entre a espera e a saudade.
Tempo de imersão.
Reflexo das almas que desalinhadas em suas aceitações, vão opostas em seus anseios.
Desencontros, migalhas, farelos.
Marcas, expressões.
Outra vez, cama vazia, imensidão.
julho 24, 2009
Remodele
Deixa de ser miuda.
Avança na tua grandeza que não é assim, pequena, quanto faz acreditar.
O que não te alcança, te engana, pra não ter que suportar.
Descansa a tua mão de defesa e deixa que o muro se erga
Explora a margem do teu sorriso, ainda que mesmo tímido, é teu, é largo, é inteiro.
Pedacinhos, fragmentos, no escuro cortam do mesmo jeito.
Se voce é como acredita que os outros te enxergam, se remodele.
Porém, se voce se sente como completamente se manifesta, saia do reflexo.
Avança na tua grandeza que não é assim, pequena, quanto faz acreditar.
O que não te alcança, te engana, pra não ter que suportar.
Descansa a tua mão de defesa e deixa que o muro se erga
Explora a margem do teu sorriso, ainda que mesmo tímido, é teu, é largo, é inteiro.
Pedacinhos, fragmentos, no escuro cortam do mesmo jeito.
Se voce é como acredita que os outros te enxergam, se remodele.
Porém, se voce se sente como completamente se manifesta, saia do reflexo.
julho 20, 2009
Há sempre algo que se esconde .
Em linhas sinuosas, não se define nem se encontra?
É tão mais simples dizer que existem principes e princesas, que pouco sabem, ou não alcançam além da própria angustia de sentir.
A ervilha é sentida conforme a distancia. A mesma distancia que te faz ignorar o tempo.
Sem tocar ou sentir, teu calor num abraço, ainda que não seja inicio de um laço, é, e seria o traço a unir valor.
Valor de uma amizade, valor de um querer.
Julga, quem não quer ser julgado, por duvidar que o tem não basta para quem vai receber.
Equívocos de sabedoria prévia, que só lê em linhas retas, será que sabe mesmo ler ?
Em linhas sinuosas, não se define nem se encontra?
É tão mais simples dizer que existem principes e princesas, que pouco sabem, ou não alcançam além da própria angustia de sentir.
A ervilha é sentida conforme a distancia. A mesma distancia que te faz ignorar o tempo.
Sem tocar ou sentir, teu calor num abraço, ainda que não seja inicio de um laço, é, e seria o traço a unir valor.
Valor de uma amizade, valor de um querer.
Julga, quem não quer ser julgado, por duvidar que o tem não basta para quem vai receber.
Equívocos de sabedoria prévia, que só lê em linhas retas, será que sabe mesmo ler ?
julho 09, 2009
Erro
Fale-me dos erros,confesse teus contrastes sobre tuas palavras e diga-me se em teu julgamento cabe absolvição plena.
Peça o perdão das intenções que tem, quando as tornam leviano, capaz de iludir a malícia. Tire se possível qualquer maldade de seu coração.E então venha me ver.
Não podemos esperar que outros nos enxerguem, quando só nossa sombra caminha.
A pele cobre a carne.Os olhos a alma.As palavras os sentimentos.
A farsa é um alfinete que marca e aponta onde se quer chegar.
Mas,não adianta tentar andar preso a ela, porque sua força é pouca e logo se solta, se desfaz.Quando puder sustentar a ti mesmo o timbre de tua voz, será remido da sua sombra.
Peça o perdão das intenções que tem, quando as tornam leviano, capaz de iludir a malícia. Tire se possível qualquer maldade de seu coração.E então venha me ver.
Não podemos esperar que outros nos enxerguem, quando só nossa sombra caminha.
A pele cobre a carne.Os olhos a alma.As palavras os sentimentos.
A farsa é um alfinete que marca e aponta onde se quer chegar.
Mas,não adianta tentar andar preso a ela, porque sua força é pouca e logo se solta, se desfaz.Quando puder sustentar a ti mesmo o timbre de tua voz, será remido da sua sombra.
julho 04, 2009
O que mata
O que mata não é o sangue que escorre da carne.
É a ausência do carinho, a solidão do abraço
A angustia e a fragilidade que vive através da saudade
O que mata é a outra ponta da corda, que desenrola sozinha
e vai solta, desprendendo a trama, desfazendo da vida
É a ausência do carinho, a solidão do abraço
A angustia e a fragilidade que vive através da saudade
O que mata é a outra ponta da corda, que desenrola sozinha
e vai solta, desprendendo a trama, desfazendo da vida
Ditado sobre o amor
Estava triste. Era dor de amor, de desencontro, de vazio.
Andava sem eira nem beira, procurando não sabia o que.
Qualquer coisa que lhe falasse, acordasse, talvez.
O vento levantava poeira, que batia nos olhos e machucava.
Esfregava a mão contra os olhos fechados, mas a poeira não saia.
Quanto mais apertava e esfregava, mais irritava e ardia.
Tentava abrir e lacrimejavam. Momentaneamente cega
sem saber qual direção tomar, sentou-se na guia da calçada.
Descobriu que sem poder enxergar, podia não se culpar da idéia de se livrar das dores que sentia. Ali, parada, ouvindo seus pensamentos, martelando suas lembranças...
“Dizem que morrer de amor é lindo”
De ímpeto levantou-se, apertando ainda mais os olhos que já não viam, jogou seu corpo para frente, correu em direção da sorte pela vida.
Acordou depois de um tempo, e seus olhos ainda não abriam, sentiu o corpo deslizando, mas não sabia pra aonde ia. Seu peito ainda doía daquele amor que sentia.
Foi então que percebeu que o que dizem é mentira.
O corpo é que morre de amor, a alma nunca esvazia.
Andava sem eira nem beira, procurando não sabia o que.
Qualquer coisa que lhe falasse, acordasse, talvez.
O vento levantava poeira, que batia nos olhos e machucava.
Esfregava a mão contra os olhos fechados, mas a poeira não saia.
Quanto mais apertava e esfregava, mais irritava e ardia.
Tentava abrir e lacrimejavam. Momentaneamente cega
sem saber qual direção tomar, sentou-se na guia da calçada.
Descobriu que sem poder enxergar, podia não se culpar da idéia de se livrar das dores que sentia. Ali, parada, ouvindo seus pensamentos, martelando suas lembranças...
“Dizem que morrer de amor é lindo”
De ímpeto levantou-se, apertando ainda mais os olhos que já não viam, jogou seu corpo para frente, correu em direção da sorte pela vida.
Acordou depois de um tempo, e seus olhos ainda não abriam, sentiu o corpo deslizando, mas não sabia pra aonde ia. Seu peito ainda doía daquele amor que sentia.
Foi então que percebeu que o que dizem é mentira.
O corpo é que morre de amor, a alma nunca esvazia.
julho 02, 2009
Vida Profana
De dia, pura e casta
De noite, uma vadia
Esconde por baixo da capa, brasas sob as cinzas.
Lábios carnudos que rezam o terço, seduzem o santo, desmancham o berço
Descrevem e sugam dele, todo o seu membro
Gemidos sufocados escapam de um sussurro
Ela pede pra que ele aperte seus seios desnudos
O corpo é o pecado dos olhos, que cobiçam o prazer da carne
Pedem perdão pelo ato e pagam penitência pra mais uma incidência
Molestam suas crenças
Se beijam, se tocam, se traem
Transpiram em seus poros contidos em volta dos abraços
cruzam as pernas, olham nos olhos
Amarram e desfazem laços
Vida profana
Deus abençoe as putas e as santas
De noite, uma vadia
Esconde por baixo da capa, brasas sob as cinzas.
Lábios carnudos que rezam o terço, seduzem o santo, desmancham o berço
Descrevem e sugam dele, todo o seu membro
Gemidos sufocados escapam de um sussurro
Ela pede pra que ele aperte seus seios desnudos
O corpo é o pecado dos olhos, que cobiçam o prazer da carne
Pedem perdão pelo ato e pagam penitência pra mais uma incidência
Molestam suas crenças
Se beijam, se tocam, se traem
Transpiram em seus poros contidos em volta dos abraços
cruzam as pernas, olham nos olhos
Amarram e desfazem laços
Vida profana
Deus abençoe as putas e as santas
julho 01, 2009
Pele
Vem tocar a minha pele, roçar a minha boca
Vem se perder no meu caminho
Desconfiar das minhas artes
Saciar a vontade de ser submetido
Deixa a fadiga te dominar
e descansa no meu colo
mas depois, recolha suas roupas caidas
pelo chão, seus cigarros e o violão
E quando sair por aquela porta, saiba,
amanhã me desejara ainda mais
e, toda a vez que negar, será aqui
no meu quarto que voce vai me amar
e amar e amar...
Vem se perder no meu caminho
Desconfiar das minhas artes
Saciar a vontade de ser submetido
Deixa a fadiga te dominar
e descansa no meu colo
mas depois, recolha suas roupas caidas
pelo chão, seus cigarros e o violão
E quando sair por aquela porta, saiba,
amanhã me desejara ainda mais
e, toda a vez que negar, será aqui
no meu quarto que voce vai me amar
e amar e amar...
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