agosto 17, 2009

Intervalo

Só por enquanto, neste intervalo de tempo entre o fôlego e o suspiro eu te deixo ir.
Quero tuas mãos ásperas, brutas, fortes, me prendendo entre teus dedos, marcando minha pele clara.
Quantas voltas dão os ponteiros do relógio? Sem parar ficam girando, girando.
Que me importa pra que lado eles andam, se pra frente ou para trás.
Gosto assim, selvagem.
Quando me sinto do avesso, sem culpa, sem preconceito.
Guardo cada movimento seu numa frasqueira de viagem.
Embaixo da cama, dentro do armário, atrás da porta do meu quarto.
Saudade. Tua fotografia é papel de parede em meus pensamentos.
Quando essa distância terminar, quero te abraçar de verdade.
Quero voltar a ter seu calor em mim, e em teus olhos poder ler, ler outra vez tudo que ficou naquele intervalo.
Aquele que jamais se repetiu aquele que jamais se recuperou




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