Era simplesmente, pra existir .
Assim como um olhar que acompanha o movimento naturalmente.
Era apenas um jeito de sentir.
Manter na lembrança um arrepio de calor.
Era, talvez, só pra ter
beber,
abraçar,
pulsar,
fecundar,
chorar,
sorrir,
passar,
guardar.
Era pra simplesmente existir, o todo de coisas que nunca, jamais, se encontraram.
Apenas se imaginaram em algum lugar, por acaso.
Só existe o que se quer ter, dentro do que para quem deseja é chamado de amor.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
dezembro 06, 2009
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