fevereiro 17, 2010

Desvenciliar


Não consigo desvenciliar .
Quando a chuva cai e o vento acompanha forte
Girando em volta, molhando com chicotadas a pele
É na sua língua que a lembrança me trai
No úmido da tua boca, que me contorna e tortura
Deixa que escorra a voz com cuidado, pelos  gemidos
Entre sussurros esquecidos, ecoam no mesmo vento
Depois vem aquela calmaria, languidez
Olhar estremecido e saciado, chicoteado por rajadas
Sempre que chove assim,  me abraço forte como posso
Sei que tempestades destroem,
mas são desejadas muitas vezes
Ardentemente como dias quentes,
de sol  que castiga

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