abril 12, 2010

Depois do tempo

Vem que te quero ainda, agora,
daqui a pouco será tarde por te esperar 
Vem pra durar mais que nos meus sonhos
viver mais que  minhas palavras
sorrir mais que o meu olhar

Vem que tua voz é minha guia
Teus passos os meus dias

Se me espera eu te encontro 
Se me encontra eu te espero
Mas não muito, porque desse tempo 
que pode ser curto, voce é tudo que quero
em todos os traços, rabiscos, espaços

Então vem, enquanto  
a vida sopra, e a água é rasa
Agora que tua veia pulsa
A minha jorra
A boca inflama
O peito clama

Antes que as horas passem
Os momentos morram
A lembrança  falhe

Um comentário:

Elias Júnior disse...

A espera doída. A ansiedade que apavora.
A vontade de comer, ter, estar junto.
A distância, espacial, emocional e temporal, angustia e dói.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...