junho 06, 2010

Camelias no outono

Minhas mãos estão frias. Minha cabeça em movimento esbarra em pensamentos que buscam encontrar razão onde não há . Interpretar, compreender, pra terminar de saber. Saber o que ?
Da fuga atroz. Quando sinto aproximar, o medo faz transpirar, a inquietação palpita mais forte, e o coração se paralisa. A translação acontece.O que está a frente pode ser o que é real ou não. Quando fecho os olhos tem muito de tudo. Que parece as vezes tanto, outras tão pouco. Muito de nada , pouco de tudo. Imagina uma respiração. Quanto ela diz? Revelação latente. Me distraio achando que quando estreitar os dias, num caminho onde as marcas parecem pegadas na areia, ainda vou lembrar do que senti. Quem sabe se mudar de cor na estação que vem depois, ou na próxima, quem sabe?A camélia por exemplo, se um galho é hidratado uma vez só, por alguns segundos é o bastante para permanecer viva. Mas minhas mãos agora estão frias...E eu preciso aquece-las para tocar, trocar, sentir, respirar e continuar em sístole e diástole.





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