Há dias que tenho sede e frio. Outros fome e calor. Sobrevivo ao tempo. Repasso o que me é necessário e permaneço assim. Quero ficar até os fim dos dias, quero exaurir forças, mas sentido-as lutar pelo o que senti. Não pretendo postergar. Quero perder o domínio, falecer, assim devagar, na tua imagem diante do suspiro de larga lembrança. Com jeito de quem soube reconhecer, embora não tenha podido viver. Descaso do inesperado. Mas nesse diminuir de olhos abertos, quero dizer no ouvido, talvez, coisas que na verdade, só se sente no instante mais insano. Naquele que transborda gozo daquela paixão que nasce e morre diante do sorriso aberto, seguido do silencio tão completo do corpo, da alma, do perpétuo. É isso. Perpétuo. Indissolúvel, inesquecível momento de comunhão. Permanecerá. Já não falo mais. Só sinto sede e frio, fome e calor .
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
agosto 29, 2010
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