outubro 03, 2010

Omissões

Vamos nos enfrentando. Ameaçando, ludibriando, fingindo e acusando. Vamos nos desafiando num prolongar de silêncios e fuga de olhar. Vamos nos medindo pelo quanto é  possível  acreditar. O que já não era de todo verdade. Aliás, nunca foi igual. Sempre extremo. E se agora rodopia parecendo ser diferente, é porque  alguém mente.Essa provocação afastada de laços finos, sintonia destoada, sem conhecer o porque. Por que? Há tantas maneiras chances de se encontrar. Um serrote pode mastigar as margens e não alcançar o corte alinhado.E assim continuamos, até quando? Até fatigarmos. E depois seguir para  remoer sem dizer, sonhar sem viver, esquecer sem querer, desejar sem ter.

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