As sinto quando passo a mão pelas lembranças da sala do pensar. Quando caminhando entre as mobilias, revivo seus detalhes, imagens que compuseram lindos cenários, nos meus dias. Gavetas ainda com aromas papel de bala, frascos de perfumes vazios, petálas já desidratadas, coisas que representaram muito.
E, aquela fotografia quase desbotada. Por alguns instantes meu peito e olhar congelaram. Nesta sala do pensar, o silêncio é quase obceno.Quando atravesso essa sala, sinto saudade. Sinto falta, na verdade falta e saudade, sempre. Daquela mobilia tua, sobre o piso da minha sala, do quarto, da casa. Nas paredes, só as ranhuras. As minhas, as tuas.
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