Parece que faz tanto tempo, infinitamente tempo maior do que pude sentir perto. Queria saber porque a ausência tem um peso sentido tão maior que a presença, quando se tem só a lembrança para abraçar. Queria saber porque as pessoas não são livres; porque há tanto desencontro, tanta impossibilidade, tanta busca do certo se nada é eterno e perfeito. Se nosso encontro nada mais é do que experimentar, conhecer, e tentar. Tentativas são riscos. Não são certezas. Quanto dura uma vida? O que é uma vida vivida? As vezes tenho receio de deixar. Deixar que fique, que passe, que não... que sim....Ignorar. É tanto tudo que confunde. Tenho vontade de ir, mas tenho receio de não chegar. E seu disser, assim, desmedidamente? As pessoas se proíbem por si só. Qualquer coisa entre o leal e o manipulado, tão logo e breve seja o desafio, a pressão, a culpa e o desejo. Mas, há algo que, ainda, embora se sacrifique pela sobrevivência da ausência marruda, guarda segredo explicito. Saudade.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
janeiro 10, 2013
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