abril 15, 2009

Conflitos

Hoje resolvi me dedicar aos meus conflitos.
Parei, para com eles me desnudar e, conhecer suas razões
Pensei em elencar seus nomes, e pontuar suas intensidades
Busquei um ponto de partida , situação que misturasse minhas emoções
E então emergissem os sentimentos, acompanhados de seus pares, os conflitos

Atendi minhas vontades
Neguei meus conceitos
Errei e acertei em cheio

Experimentei o que desconhecia
Desvendei, provoquei, insinuei
Escondi, arbitrei, ignorei

Caminhei,
Achei que sentia o peso do corpo
Sobre meus pés, e assim deixei pegadas
Quem sabe, talvez, para poder voltar
Ou quem sabe apenas para conhecer por onde andei

Descobrir que o espelho é um vidro
Que reflete imagens, mas,que ainda assim se quebram,
Sua simetria de distorce e não se alcançam seus cacos


Notei que as mentiras que deliramos, em verdade
São vilãs de nossos medos e, por isso
Conselheiras para fracassos e arrependimentos

Voltei tão nua quanto quando sai
A existência é maior ou menor do que a coerência
Que tentamos estabelecer entre o certo e o errado
Entre o bem e o mal, o justo e o injusto
Depende muito de qual lado do conflito
Nossa inexperiente razão se aproxima
Quando se está tão distante da emoção


Ainda não sei...

Assim

E foi assim, desde sempre..
Nasci dessa forma, fogosa, invocada, provocativa
Adoro sorrir pelos olhos, desta forma te prendo e devoro
Diante de tamanho silêncio, voce me guarda e, desce...
Calada eu fico e somente te observo,
quando invade meu corpo, transpira minha carne
Não importa se chove, a vidraça embaça, o tempo passa
Se tenho voce num momento, no outro restam só suas marcas
Posso roubar quase tudo de voce, dominar a situação,
tirar teu juízo, te deixar menino, a mercê do prazer
Em nosso desejo, só não há promessas
Estamos nus para o agora, e o amanhã está atrás da porta

abril 01, 2009

Só isso

E as minhas maõs onde os dedos estalam,
e as juntas prometem que que se movimentam.
O que vem do cheiro que sinto debaixo do meu nariz,
é o que a minha retina desenha diante de mim.
Ao tocar, o vento que sinto caminhar pelo meu corpo,
tem o som do meu coração e desfruto do sorriso infinito
de apenas poder ir.
Lavo os pés,pois sei que por ponde andei, marquei minhas pegadas
e dentro de cada marca,um segredo.
Se hoje tenho sentimentos é porque os deixei viver.
Feri a carne com a areia fina, e ainda assim meu sangue coagulou, embora tenha derramado parte de mim.
Continuo por entre essas histórias, as de conto e aventuras.
Deixo que a imagem construa as fadas, manifeste as bruxas.
E deixo que os pensamentos guardem as palavras.

Retrato

Não me surpreenda
Ao rasgar as palavras incompletas
que traz do teu mundo vazio

Não pode ser completo diante de estilhaços
covarde são as lágrimas de teus lábios
Teus olhos desmentem, estrábicos

Quando andei nos teus passos
senti o solo desalinhado, tua mão escorregava da minha
Suporte agora a fadiga
Reserve aquele cigarro
tranque as portas e janelas
não se atormente com as sombras
são suas idéias que já não me seguem

Deixei no canto, um caco de espelho
Teus chinelos, um cinzeiro

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...